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Juros ao produtor chegam a 32%, alerta senador
O senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) pediu "mais sensibilidade" à equipe econômica do governo para que sejam adotadas, com urgência, medidas de apoio aos agricultores que enfrentam prejuízos por causa dos baixos preços das commodities.
De acordo com o senador, por falta de um apoio efetivo do governo Federal à comercialização da produção agropecuária, muitos agricultores, "em total desespero", estão aceitando vender sua produção "a preços aviltantes" e recorrendo a empréstimos bancários com taxas de juros de até 32% ao ano - a inflação projetada para os próximos 12 meses está próxima de 4,5%. Ele acha que esses empréstimos dificilmente serão pagos pelos produtores, pois juros tão elevados inviabilizam qualquer produção rural.
Para o senador Jonas Pinheiro, a queda dos preços internos das commodities, a elevação dos custos de produção, a exorbitância das taxas de juros, as restrições à concessão de crédito rural e à renegociação das dívidas dos produtores e um câmbio extremamente desfavorável são as principais causas do prejuízo do setor.
No Mato Grosso, destaca Pinheiro, os baixos preços em reais levaram a uma redução da área plantada que chegou a 1,5 milhão de hectares (ha), da safra 04/05 para a 05/06. No caso do algodão, a área de plantio caiu 30%. A de arroz chegou a mais 60%.
O senador ressaltou que as estimativas de lucratividade que têm sido feitas para a presente safra são negativas, demonstrando prejuízo iminente, uma vez que, na outra ponta, a previsão dos custos de produção das principais culturas, como a soja, o algodão, o milho e o arroz, tem demonstrado que esses custos serão maiores do que a receita que os produtores poderão contabilizar após a colheita.
“A valorização crescente do real frente ao dólar tem um peso importante. Se, na safra 04/05, o dólar já havia desvalorizado cerca de 40% entre a época de compra dos insumos e a época de venda da produção, na atual safra, a defasagem está muito mais acentuada”.
Na época de compra dos insumos da atual safra – segundo semestre de 2005 -, o dólar estava cotado em torno de R$ 2,40. Agora a previsão é de que, na época de venda da produção ele esteja abaixo de R$ 2,10, ou, até mesmo, abaixo de R$ 2, como sinalizam alguns analistas econômicos. “Haverá, outra vez, um novo descasamento entre os preços pagos pelos insumos e o valor recebido pela produção, o que afeta diretamente a lucratividade da atividade”, argumenta.
A situação se torna mais crítica para os sojicultores porque só o frete, para levar o produto até o porto de exportação, abocanha 30% do custo de produção. Segundo Jonas Pinheiro, os sinais da crise também se tornaram muito evidentes por causa da inadimplência de muitos produtores junto aos agentes financeiros, tanto oficiais quanto privados.
De acordo com o senador, por falta de um apoio efetivo do governo Federal à comercialização da produção agropecuária, muitos agricultores, "em total desespero", estão aceitando vender sua produção "a preços aviltantes" e recorrendo a empréstimos bancários com taxas de juros de até 32% ao ano - a inflação projetada para os próximos 12 meses está próxima de 4,5%. Ele acha que esses empréstimos dificilmente serão pagos pelos produtores, pois juros tão elevados inviabilizam qualquer produção rural.
Para o senador Jonas Pinheiro, a queda dos preços internos das commodities, a elevação dos custos de produção, a exorbitância das taxas de juros, as restrições à concessão de crédito rural e à renegociação das dívidas dos produtores e um câmbio extremamente desfavorável são as principais causas do prejuízo do setor.
No Mato Grosso, destaca Pinheiro, os baixos preços em reais levaram a uma redução da área plantada que chegou a 1,5 milhão de hectares (ha), da safra 04/05 para a 05/06. No caso do algodão, a área de plantio caiu 30%. A de arroz chegou a mais 60%.
O senador ressaltou que as estimativas de lucratividade que têm sido feitas para a presente safra são negativas, demonstrando prejuízo iminente, uma vez que, na outra ponta, a previsão dos custos de produção das principais culturas, como a soja, o algodão, o milho e o arroz, tem demonstrado que esses custos serão maiores do que a receita que os produtores poderão contabilizar após a colheita.
“A valorização crescente do real frente ao dólar tem um peso importante. Se, na safra 04/05, o dólar já havia desvalorizado cerca de 40% entre a época de compra dos insumos e a época de venda da produção, na atual safra, a defasagem está muito mais acentuada”.
Na época de compra dos insumos da atual safra – segundo semestre de 2005 -, o dólar estava cotado em torno de R$ 2,40. Agora a previsão é de que, na época de venda da produção ele esteja abaixo de R$ 2,10, ou, até mesmo, abaixo de R$ 2, como sinalizam alguns analistas econômicos. “Haverá, outra vez, um novo descasamento entre os preços pagos pelos insumos e o valor recebido pela produção, o que afeta diretamente a lucratividade da atividade”, argumenta.
A situação se torna mais crítica para os sojicultores porque só o frete, para levar o produto até o porto de exportação, abocanha 30% do custo de produção. Segundo Jonas Pinheiro, os sinais da crise também se tornaram muito evidentes por causa da inadimplência de muitos produtores junto aos agentes financeiros, tanto oficiais quanto privados.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309838/visualizar/
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