Repórter News - reporternews.com.br
Produtores de Mato Grosso querem restabelecimento de renda
A partir de terça-feira, a força-tarefa formada pelas entidades que integram o Fórum Rural Mato Grosso vai à Brasília articular medidas que garantam a recuperação da renda do produtor. O Fórum Rural MT é formado por 11 entidades que representam o setor agropecuário no Estado. Entre as sugestões, está a criação de um Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para a soja e a prorrogação das dívidas de securitização, do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa), de investimentos, custeio e ainda a alteração do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Giro Rural. O grupo ficará sediado em um espaço cedido pela Confederação Nacional
Os produtores rurais de Mato Grosso apontam que o Real valorizado e as dívidas agrícolas são apenas alguns dos fatores que contribuem para a crise enfrentada pelo agronegócio. Eles acreditam que seja necessário uma série de medidas para que a renda do produtor seja restabelecida. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Mato Grosso), Rui Ottoni Prado, o refinanciamento das dívidas agrícolas é uma medida pontual: "Os produtores não têm renda para pagar as parcelas", explica.
O presidente do Sindicato Rural de Sinop e representante da Aprosoja Mato Grosso no município, Antônio Galvan, confirma que a falta de renda é um entrave. "Temos um prejuízo de 30% no custo da produção. È impossível cumprir os acordos financeiros", diz Galvan.
Prado aponta que os problemas de infra-estrutura logística que Mato Grosso enfrenta oneram excessivamente os custos. "É preciso colocar em prática medidas como o uso do biodiesel para que haja redução no preço do frete", exemplifica. Enquanto em 2003 os produtores pagavam cerca de U$50, por tonelada, o frete de Sorriso até o porto Paranaguá, nesta safra o serviço custa em média U$ 88.
O combustível gerado a partir de óleos vegetais também é uma alternativa para baratear os custos de produção dentro da propriedade rural. Em 2001, o custo com óleo diesel, por hectare, girava em torno de U$ 17,50. Já em 2006, o gasto com combustível é de U$ 45, um aumento de 157%.
Os produtores também questionam os valores dos agroquímicos: "A Argentina e o Uruguai utilizam produtos com os mesmos princípios ativos, mas os produtos custam bem menos que aqui no Brasil", explica Prado.
Outro grave problema apontado é o aparecimento da ferrugem asiática. Em 2001, os agricultores não tinham custo algum com a doença. Na safra atual, o custo para controle da ferrugem asiática já atinge U$ 70 dólares por hectare. Os produtores defendem que a doença seja considerada endemia, para que haja ajuda do Governo Federal e mais pesquisas para o setor.
Safra em queda - O presidente da Aprosoja Mato Grosso alerta que caso a política macroeconômica perdure, haverá uma redução da área plantada. "Isso vai acontecer por uma decisão própria do produtor que vai começar a ter dificuldades para investir na safra", esclarece Prado.
O produtor de soja e milho em Primavera do Leste (220 km de Cuiabá) Jaime Coradini confirma a previsão. Ele conta que de 2004 para 2005 já reduziu em 35% a área plantada. "Se esse cenário continuar, vou reduzir mais 50%", diz. Desde 2002, Mato Grosso vinha apresentado um crescimento de 1 milhão de hectares na área plantada ao ano. Na safra 2005/2006, o volume de terras utilizadas diminuiu na mesma proporção, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os produtores rurais de Mato Grosso apontam que o Real valorizado e as dívidas agrícolas são apenas alguns dos fatores que contribuem para a crise enfrentada pelo agronegócio. Eles acreditam que seja necessário uma série de medidas para que a renda do produtor seja restabelecida. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Mato Grosso), Rui Ottoni Prado, o refinanciamento das dívidas agrícolas é uma medida pontual: "Os produtores não têm renda para pagar as parcelas", explica.
O presidente do Sindicato Rural de Sinop e representante da Aprosoja Mato Grosso no município, Antônio Galvan, confirma que a falta de renda é um entrave. "Temos um prejuízo de 30% no custo da produção. È impossível cumprir os acordos financeiros", diz Galvan.
Prado aponta que os problemas de infra-estrutura logística que Mato Grosso enfrenta oneram excessivamente os custos. "É preciso colocar em prática medidas como o uso do biodiesel para que haja redução no preço do frete", exemplifica. Enquanto em 2003 os produtores pagavam cerca de U$50, por tonelada, o frete de Sorriso até o porto Paranaguá, nesta safra o serviço custa em média U$ 88.
O combustível gerado a partir de óleos vegetais também é uma alternativa para baratear os custos de produção dentro da propriedade rural. Em 2001, o custo com óleo diesel, por hectare, girava em torno de U$ 17,50. Já em 2006, o gasto com combustível é de U$ 45, um aumento de 157%.
Os produtores também questionam os valores dos agroquímicos: "A Argentina e o Uruguai utilizam produtos com os mesmos princípios ativos, mas os produtos custam bem menos que aqui no Brasil", explica Prado.
Outro grave problema apontado é o aparecimento da ferrugem asiática. Em 2001, os agricultores não tinham custo algum com a doença. Na safra atual, o custo para controle da ferrugem asiática já atinge U$ 70 dólares por hectare. Os produtores defendem que a doença seja considerada endemia, para que haja ajuda do Governo Federal e mais pesquisas para o setor.
Safra em queda - O presidente da Aprosoja Mato Grosso alerta que caso a política macroeconômica perdure, haverá uma redução da área plantada. "Isso vai acontecer por uma decisão própria do produtor que vai começar a ter dificuldades para investir na safra", esclarece Prado.
O produtor de soja e milho em Primavera do Leste (220 km de Cuiabá) Jaime Coradini confirma a previsão. Ele conta que de 2004 para 2005 já reduziu em 35% a área plantada. "Se esse cenário continuar, vou reduzir mais 50%", diz. Desde 2002, Mato Grosso vinha apresentado um crescimento de 1 milhão de hectares na área plantada ao ano. Na safra 2005/2006, o volume de terras utilizadas diminuiu na mesma proporção, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309961/visualizar/
Comentários