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Sábado - 25 de Março de 2006 às 10:52

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Drogba é sinonimo de gol. Mas tambem é igual a falar claro, ser sincero. Até demais. Drogba é igual a força atletica. Como se fosse um triatleta jogando bola...Drogba é esperança não só de um país inteiro, mas de toda a África. Drogba é igual a bom de briga, mas fácil de dar uma risada em pleno jogo decisivo. Drogba é ferrenha força de vontade, é não saber limites,e querer ser o melhor do mundo. Drogba é "Tito " apelido de criança. Drogba é França, é Inglaterra, África. Drogba é o que de melhor pode se achar no futebol de ataque hoje em dia. Sem meios termos, explícito e gentil, no campo se transforma em guerreiro, daqueles gigantes. Aliás, gigante é um dos vários apelidos dados pelos seus colegas. Centroavante do clube mais rico da Inglaterra, ele foi escolhido a dedo, entre vários outros candidatos. E se transformou em um milionário da noite para o dia. Sua riqueza, só cresceu graças aos seus gols, mas principalmente à maneira como os marca: firme, forte, quase invencivel, ele domina as pequenas áreas aonde atua. Odeia perder, e perde a calma quando a violência lhe fere, mas nao perde a cabeça a ponto de revidar.

Algo que se orgulha profundamente:"tenho educação, respeito e dignidade. Não faço com os outros o que não quero que façam comigo. E se fazem...sigo meu caminho, sem mudar de atitude: respeito e perseverança na educação que recebi. Igualdade. Mesmo sem ser tratado de igual para igual as vezes...".

Olhar triste, mas humor afiado, Drogba, é o que se pode dizer, em termos de Chelsea, de Costa do Marfim, de França, aonde atuou anos, e de África em geral..."o cara!". Sim,...em algum lugar ele tem aguma raiva, ou tristeza de ter outro gigante africano ocupando seu espaço como melhor do continente. Mesmo sendo amigo fraterno de Eto?o, a presença do camaronês, incomoda. Mas ainda assim, como ele mesmo coloca,"fica mais gostoso ainda a busca da consolidaçao de melhor jogador da África e do Mundo?. Obstinado e predestinado, como seu treinador, o português Mourinho expôs sua opinião sobre Drogba, o jogador segue o que ele chama de ?missão: fazer do futebol africano algo mais que uma curiosidade ou um lugar de onde se tiram jogadores, e nada mais?.

LANCE!: Posso dizer a todos que você era um lateral-direito e não um atacante, no início da carreira? DROGBA: Foi. Mas não falte com respeito com os laterais. Fui até um bom lateral. Sempre gostei desta posição. Acho que com bom preparo físico pode-se fazer muito pelo time: defender, atacar, armar. Acho que são os mais completos jogadores de uma equipe. Basta ver os laterais do Brasil como o Roberto Carlos.

L!: Então, como virou o artilheiro, o atacante que conhecemos hoje? D: Saí logo desta função de lateral por pressão de meu tio, que era jogador profissional na França. Primeiro arrisquei o meio-de-campo, mas não me adaptei. Aí, passei a observar jogadores de ataque. Virei um deles.

L!: Sua transferência para o Chelsea custou aos cofres do clube inglês cerca de US$ 45 milhões. Isso o coloca como um dos jogadores mais caros do mundo...

D: Não penso nisso. Tenho a obrigação de mostrar meu talento e trabalhar ainda mais duro, por jogar no Chelsea. Não é meu problema o quanto pagaram. O importante é que vejo o trabalho da minha vida no futebol e que isso é um jogo que tem de ser levado a sério. Jogo bem, se interessaram por mim e me levaram para Londres. É assim que funciona. Mas não jogo pensando em dinheiro. O mercado é assim: se não jogar bem, não terei lugar nos maiores clubes.

L!: Falando nisso, como você analisa todo o movimento contra o racismo? Já sofreu o racismo na pele? D: Me deixa triste, revoltado. Mas infelizmente o racismo é uma fatalidade que existe em todo o mundo. O que as pessoas não entendem é que o racismo vai além daquilo que as autoridades estão dizendo que lutam contra. Ou seja, apenas entre negros e brancos. O racismo acontece entre negros e negros, contra sul-americanos... Pode até ser positivo o que estão fazendo no futebol contra o racismo.

Mas a imprensa tem a obrigação de contar o que acontece fora dos campos também.

Fiquei emocionado com o que aconteceu com o Eto?o, que quis deixar o campo em pleno jogo após ter sido ofendido. Eu, ele e o Henry deixamos claro que estamos disponíveis para esta luta particular. L!: Como explica esta invasão de franceses e africanos no futebol inglês? E como define o futebol britânico? D: Achava o futebol inglês violento. Hoje entendo que não é. Tem muito contato físico, mas os jogadores ingleses são muito bons, melhores do que a maioria pela Europa. Acredito ser o campeonato mais exigente e competitivo do mundo. Na Inglaterra não há dois ou três times que vencem sempre, ao contrário da Itália e Espanha. Espanhóis, italianos, mas principalmente franceses e africanos, dão um colorido, uma diversidade excelente.





Fonte: Lancepress!

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