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Polícia Brasil
Sábado - 25 de Março de 2006 às 08:08

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O assaltante Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, que fugiu há dois anos da Penitenciária Regional de Pascoal Ramos e responde a dezenas de processos, foi preso em São José dos Campos (SP), após participar de um assalto a banco. Por ser considerado de alta periculosidade, foi transferido no início desta semana para a Penitenciária de Tremembé, no interior paulista.

A prisão ocorreu no ano passado, mas a informação só chegou ontem à Gerência Estadual da Polinter (Gepol) da Capital. Como a maior parte de seus crimes ocorreu em Cuiabá, Miro deverá ser transferido em breve para Mato Grosso. “A Justiça ainda não requisitou sua transferência. Será feita assim que houver o pedido”, informou o delegado Máurio Cesar Bencice.

Miro é um especialista em fuga. Em outubro de 2003 ele fugiu do Fórum Criminal durante audiência na 12a Vara Criminal de Cuiabá, onde tramita o processo em que foi denunciado num duplo assassinato. Miro é acusado de executar a tiros dois vigias da escola estadual Malik Didier, em Cuiabá.

Cerca de um ano depois, ele foi recapturado numa troca de tiros com policiais no Coxipó e parou na Penitenciária Regional de Pascoal Ramos. Ficou preso nas chamadas celas de aço, que não representaram obstáculo.

No dia 1o de outubro de 2004, Miro e mais quatro presos, todos de alta periculosidade – incluindo Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco” -, conseguiram escapar pulando o muro dos fundos. Dos cinco, somente Miro continuava solto.

“O Miro só foi transferido para Tremendé por medida de segurança. Os policiais paulistas descobriram a sua habilidade em fugir de cadeias e fizeram a transferência”, explicou o chefe de operações da Gepol, Antônio Lourenço.

O policial lembrou que, desde a fuga de Miro, a Gepol estava em seu encalço. A polícia, inclusive, já tinha a informação de sua viagem para São Paulo. Os policiais acreditavam que, alguns meses depois, ele estaria de volta a Cuiabá. “A polícia paulista demorou para informar a prisão dele. Que estava em São Paulo, isso a gente sabia, mas não o envolvimento com assaltos”, afirmou o chefe de operações.





Fonte: Diário de Cuiabá

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