Polícia aprende maconha e cocaína

Policiais da Delegacia do Complexo do Coxipó (Cisc Sul) prenderam o vendedor Oacy Cinzas de Oliveira, de 30 anos, e a esposa dele Neidair Soares dos Santos, de 31, com cerca de um 1,5 quilo de maconha e uma trouxa de cocaína de cerca de 200 gramas. A prisão ocorreu ontem de manhã, na casa deles, no Jardim Imperial, após três meses de investigação. Os dois tabletes de maconha estavam escondidos embaixo da cama e o restante, espalhado pela casa, apontada por moradores como uma das “bocas-de-fumo” mais movimentadas da região.

Além da droga, os policiais apreenderam vários telefones celulares, três carregadores, seis munições calibre 45, cerca de R$ 200 em notas miúdas, além de seis documentos de identidade de usuários de drogas que os teriam deixados penhorados.

“São documentos deixados por viciados como garantia de pagamento. Provavelmente não tinham dinheiro para pagar as trouxinhas. Ficaram de buscá-los depois, com o compromisso de saldar a dívida, que pode ser em algum produto, não necessariamente em dinheiro”, observou o delegado Clocy Huguinei de Oliveira.

Segundo o delegado, os traficantes acabam fazendo escambo com relógios e celulares e pequenos objetos, que são mais fáceis de serem repassados. “Caso contrário, iríamos encontrar aparelhos de som e TV na casa”, completou.

Os dois tabletes de maconha estavam sendo ralados e transformados em trouxinhas e a cocaína ainda não estava processada. Policiais que participaram da prisão acreditam que a cocaína, ao ser misturada, iria render cerca de 200 trouxinhas. Uma das suspeitas é que a maconha tenha vindo do Paraguai e a cocaína, fornecida por traficantes da Grande Cuiabá.

De acordo com a investigações, o casal fornecia droga no varejo – eles mesmo processavam as trouxinhas e as revendiam na casa. Como o imóvel é pequeno – composto de cinco pequenos cômodos -, o intenso movimento principalmente à noite chamou a atenção de vizinhos, que acionaram a polícia.

O delegado acrescentou que as seis pessoas que deixaram os documentos na boca-de-fumo deverão ser intimadas a prestar esclarecimentos. “Queremos saber o que essas pessoas estavam fazendo lá para deixar os documentos”, explicou.

Os policiais não souberam informar se o casal possui antecedente. Após o flagrante, Oacy será encaminhado para uma unidade prisional da Grande Cuiabá e Neidair, para o presídio feminino Ana Maria do Couto May.