Repórter News - reporternews.com.br
Sob pressão dos EUA, líderes iraquianos discutem governo
Líderes iraquianos realizaram na sexta-feira sua primeira negociação formal em vários dias enquanto os EUA continuavam a pressioná-los para que formem um governo de unidade nacional para ajudar a acabar com a violência sectária e insurgente que deixou 29 mortos apenas nesta sexta.
Vinte mortes foram registradas só em Bagdá. Em um ataque, homens armados mataram quatro funcionários de uma padaria e deixaram uma armadilha que matou um policial quando ele abriu uma sacola.
Outra bomba matou cinco fiéis e deixou 17 feridos ao atingir uma mesquita sunita de Khalis, uma cidade violenta localizada ao norte da capital, disse a polícia.
Homens armados entraram na casa de uma família xiita em Mahmoudiya, ao sul de Bagdá, matando quatro pessoas e ferindo uma, acrescentou a polícia.
O embaixador norte-americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, uma das autoridades encarregadas de pressionar pela formação de um governo de unidade nacional, afirmou: "Eu sou o encarregado de dizer: ''Este país está sangrando. Os senhores precisam agir"''.
Em declarações dadas ao jornal The Washington Post, Khalilzad também destacou que nas últimas semanas mais pessoas tinham perdido a vida em assassinatos típicos de esquadrões da morte do que em ataques com bomba.
A destruição de uma importante mesquita xiita, um mês atrás, detonou uma onda de ataques de represália que levantou a possibilidade de as milícias xiitas pró-governo acabarem atirando o país em uma guerra civil.
Os líderes dos principais partidos eleitos no pleito de dezembro participaram do encontro desta sexta-feira, com exceção do ex-premiê Iyad Allawi, informou uma fonte do governo. Entretanto, ele tinha representantes no encontro.
Em uma coletiva de imprensa após as negociações, os líderes novamente se comprometeram a formar um governo de unidade, mas houve poucos sinais de progresso no impasse sobre quem irá liderar o governo.
Mais conversas serão realizadas no sábado, embora os líderes tenham deixado claro que pretendem primeiro finalizar um acordo para formar um Conselho de Segurança Nacional.
A IMPORTÂNCIA DE ALLAWI
Allawi, um político secular com importantes aliados nos EUA, é apontado como provável integrante de peso do novo Conselho Nacional de Segurança, um órgão administrativo paralelo capaz, segundo alguns, de abrir um caminho para contornar o impasse existente entre xiitas, sunitas e curdos em torno do novo governo.
Alguns xiitas estão resistindo a firmar um acordo nesse sentido, disseram fontes próximas com as negociações. Durante a campanha do ano passado, Allawi foi acusado de ser parecido com Saddam Hussein por ter tendências ditatoriais.
Khalilzad afirmou dez dias atrás que os partidos se reuniriam "continuamente" para romper o impasse a respeito do novo governo. Mas feriados xiitas e curdos celebrados nesta semana provocaram o adiamento desses encontros.
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, acrescentou sua voz à pressão vinda de Washington em defesa de que um acordo seja firmado. Senadores que visitaram Bagdá nesta semana reuniram-se com políticos iraquianos e falaram sobre a "impaciência" dos EUA.
"Um bom governo seria uma coisa boa para o país e reduziria o nível de violência", afirmou Rumsfeld. "Eles precisam completar essa tarefa."
Vinte mortes foram registradas só em Bagdá. Em um ataque, homens armados mataram quatro funcionários de uma padaria e deixaram uma armadilha que matou um policial quando ele abriu uma sacola.
Outra bomba matou cinco fiéis e deixou 17 feridos ao atingir uma mesquita sunita de Khalis, uma cidade violenta localizada ao norte da capital, disse a polícia.
Homens armados entraram na casa de uma família xiita em Mahmoudiya, ao sul de Bagdá, matando quatro pessoas e ferindo uma, acrescentou a polícia.
O embaixador norte-americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, uma das autoridades encarregadas de pressionar pela formação de um governo de unidade nacional, afirmou: "Eu sou o encarregado de dizer: ''Este país está sangrando. Os senhores precisam agir"''.
Em declarações dadas ao jornal The Washington Post, Khalilzad também destacou que nas últimas semanas mais pessoas tinham perdido a vida em assassinatos típicos de esquadrões da morte do que em ataques com bomba.
A destruição de uma importante mesquita xiita, um mês atrás, detonou uma onda de ataques de represália que levantou a possibilidade de as milícias xiitas pró-governo acabarem atirando o país em uma guerra civil.
Os líderes dos principais partidos eleitos no pleito de dezembro participaram do encontro desta sexta-feira, com exceção do ex-premiê Iyad Allawi, informou uma fonte do governo. Entretanto, ele tinha representantes no encontro.
Em uma coletiva de imprensa após as negociações, os líderes novamente se comprometeram a formar um governo de unidade, mas houve poucos sinais de progresso no impasse sobre quem irá liderar o governo.
Mais conversas serão realizadas no sábado, embora os líderes tenham deixado claro que pretendem primeiro finalizar um acordo para formar um Conselho de Segurança Nacional.
A IMPORTÂNCIA DE ALLAWI
Allawi, um político secular com importantes aliados nos EUA, é apontado como provável integrante de peso do novo Conselho Nacional de Segurança, um órgão administrativo paralelo capaz, segundo alguns, de abrir um caminho para contornar o impasse existente entre xiitas, sunitas e curdos em torno do novo governo.
Alguns xiitas estão resistindo a firmar um acordo nesse sentido, disseram fontes próximas com as negociações. Durante a campanha do ano passado, Allawi foi acusado de ser parecido com Saddam Hussein por ter tendências ditatoriais.
Khalilzad afirmou dez dias atrás que os partidos se reuniriam "continuamente" para romper o impasse a respeito do novo governo. Mas feriados xiitas e curdos celebrados nesta semana provocaram o adiamento desses encontros.
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, acrescentou sua voz à pressão vinda de Washington em defesa de que um acordo seja firmado. Senadores que visitaram Bagdá nesta semana reuniram-se com políticos iraquianos e falaram sobre a "impaciência" dos EUA.
"Um bom governo seria uma coisa boa para o país e reduziria o nível de violência", afirmou Rumsfeld. "Eles precisam completar essa tarefa."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/310140/visualizar/
Comentários