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Premiê lança revista para contar 'verdadeira história' Itália
Ela é brilhante, está cheia de imagens e todos os lares italianos irão recebê-la antes da eleição geral no país, marcada para os dias 9 e 10 de abril.
A revista "História Real da Itália", com 161 páginas, é a mais recente tentativa do primeiro-ministro Silvio Berlusconi de mudar as pesquisas e convencer os desconfiados italianos de que seus cinco anos de governo acumularam sucessos ininterruptos.
A revista, publicada pelo partido Força Itália, de Berlusconi, é uma cronologia colorida sobre as conquistas do governo, os fatos mundiais e os escândalos envolvendo a esquerda.
Ela apresenta várias fotos de um premiê sempre sorridente discursando diante de multidões ou conversando com lideres mundiais. Mas também há espaço para alguns ícones como o papa João Paulo 2o, o cantor de rock Bono e campeão de motociclismo Valentino Rossi.
A revista conta até mesmo com um curso rápido de filosofia — uma série de perfis de dez linhas de pensadores de esquerda, comparados em termos desfavoráveis com pensadores liberais.
Na primeira página da publicação aparece o título: "Adeus à lira: o grande erro de Prodi". A matéria defende que o fato de a Itália ter adotado a moeda única européia com uma taxa cambial de 1.936 liras por euro havia "diminuído os salários e aposentadorias dos italianos pela metade".
Berlusconi costuma culpar o líder de centro-esquerda e ex-premiê Romano Prodi por "vender de graça" a lira quando a Itália adotou o euro, em 1999. A taxa de câmbio correta, "segundo os italianos", teria sido de 1.500 liras por euro, disse a revista.
Segundo economistas, uma lira tão valorizada nunca foi uma opção e seria algo fatal para as exportações italianas, que, de toda forma, vêm perdendo espaço há uma década.
A publicação apresenta manchetes tais como: "Apesar do 11 de setembro, o governo continua trabalhando". E vangloria-se do fato de que, devido a reformas feitas pelo governo na área de educação, o inglês se transformará na "língua materna" dos italianos.
Percorrendo as páginas, o leitor tem uma sensação de "déja vu". Uma revista bastante parecida, classificada por profissionais da área de comunicação como um golpe de mestre, apareceu na caixa de correio dos italianos antes de Berlusconi ser eleito, em 2001.
Aquela publicação, "Uma História Italiana", tratava apenas do homem Berlusconi — seus sucessos, suas paixões e sua ambição.
Segundo pesquisas de opinião, Prodi mantém a liderança sobre o premiê Berlusconi com 3,5 pontos percentuais.
A versão da revista de 2006 — uma história do governo — parece ser, em alguma medida, menos sedutora. Dentro de três semanas, ficaremos sabendo se os italianos gostaram tanto desta como da anterior.
A revista "História Real da Itália", com 161 páginas, é a mais recente tentativa do primeiro-ministro Silvio Berlusconi de mudar as pesquisas e convencer os desconfiados italianos de que seus cinco anos de governo acumularam sucessos ininterruptos.
A revista, publicada pelo partido Força Itália, de Berlusconi, é uma cronologia colorida sobre as conquistas do governo, os fatos mundiais e os escândalos envolvendo a esquerda.
Ela apresenta várias fotos de um premiê sempre sorridente discursando diante de multidões ou conversando com lideres mundiais. Mas também há espaço para alguns ícones como o papa João Paulo 2o, o cantor de rock Bono e campeão de motociclismo Valentino Rossi.
A revista conta até mesmo com um curso rápido de filosofia — uma série de perfis de dez linhas de pensadores de esquerda, comparados em termos desfavoráveis com pensadores liberais.
Na primeira página da publicação aparece o título: "Adeus à lira: o grande erro de Prodi". A matéria defende que o fato de a Itália ter adotado a moeda única européia com uma taxa cambial de 1.936 liras por euro havia "diminuído os salários e aposentadorias dos italianos pela metade".
Berlusconi costuma culpar o líder de centro-esquerda e ex-premiê Romano Prodi por "vender de graça" a lira quando a Itália adotou o euro, em 1999. A taxa de câmbio correta, "segundo os italianos", teria sido de 1.500 liras por euro, disse a revista.
Segundo economistas, uma lira tão valorizada nunca foi uma opção e seria algo fatal para as exportações italianas, que, de toda forma, vêm perdendo espaço há uma década.
A publicação apresenta manchetes tais como: "Apesar do 11 de setembro, o governo continua trabalhando". E vangloria-se do fato de que, devido a reformas feitas pelo governo na área de educação, o inglês se transformará na "língua materna" dos italianos.
Percorrendo as páginas, o leitor tem uma sensação de "déja vu". Uma revista bastante parecida, classificada por profissionais da área de comunicação como um golpe de mestre, apareceu na caixa de correio dos italianos antes de Berlusconi ser eleito, em 2001.
Aquela publicação, "Uma História Italiana", tratava apenas do homem Berlusconi — seus sucessos, suas paixões e sua ambição.
Segundo pesquisas de opinião, Prodi mantém a liderança sobre o premiê Berlusconi com 3,5 pontos percentuais.
A versão da revista de 2006 — uma história do governo — parece ser, em alguma medida, menos sedutora. Dentro de três semanas, ficaremos sabendo se os italianos gostaram tanto desta como da anterior.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/310513/visualizar/
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