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Economia
Quinta - 23 de Março de 2006 às 07:00
Por: Anelize Moreno

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Mato Grosso registrou em fevereiro o maior saldo na geração de empregos formais no mês desde 2000, conforme levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A relação entre demissões e contratações garantiu ao Estado um superávit de 7,505 mil vagas. No segundo mês do ano todos os setores da economia juntos admitiram 23,274 mil trabalhadores, enquanto 15,769 mil foram desligados das empresas. Em termos relativos o saldo foi 84,39% superior ao de janeiro, quando houve superávit de 4,070 mil empregos, e 50,91% acima do registrado em fevereiro do ano passado (4,973 mil).

Com o resultado Mato Grosso acumula superávit de 11,575 mil postos de trabalho em 2006, totalizando 42,774 mil contratações e 31,199 mil demissões no primeiro bimestre. Entre janeiro e fevereiro de 2005 o saldo foi 11,37% inferior, com superávit de 10,260 mil postos de trabalho. Apesar da recuperação nos últimos 12 meses o Estado acumula saldo negativo de 4,461 mil postos de trabalho. No período foram contratadas 236,765 mil pessoas e despedidas 241,226 mil.

O melhor desempenho em fevereiro foi o da indústria de transformação, com saldo de 2,498 mil vagas. Foram 5,525 mil admissões e 3,027 mil desligamentos no mês. Merece destaque o segmento de produtos alimentícios e de bebidas, que registrou superávit de 2,591 mil postos de trabalho com a abertura de 4,053 mil novas vagas e fechamento de 1,462 mil. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, destaca que o setor sucroalcooleiro, enquadrado no gênero alimentício, iniciou a safra de cana-de-açúcar, o que elevou a geração de empregos.

Ele lembra que no fim de 2005, com a chegada da entressafra, muitos trabalhadores foram demitidos das indústrias do ramo e no mês passado foram recontratados. Na contramão do crescimento está o segmento de madeira e mobiliário, que puxou para baixo o saldo de criação de empregos na indústria. Em fevereiro houve déficit de 157 postos de trabalho, com 593 admissões e 750 desligamentos, o que mostra que a atividade ainda está demitindo mais do que contratando.

Pasini lembra que este cenário foi delineado a partir da Operação Curupira, em junho do ano passado. Hoje, parte das empresas que se mantiveram no mercado estão buscando a regularização junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Contudo o período chuvoso faz com que falte matéria-prima, o que força as indústrias a continuarem cortando o quadro de pessoal. Ele acredita que com o fim das chuvas novas contratações poderão ocorrer.





Fonte: A Gazeta

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