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Percorra parte do Caminho do Ouro
PARATY - Escondido no meio da mata, um caminho milenar, que serviu de rota para animais, índios, escravos, mulas de carga e aventureiros. Num ziguezague íngreme entre as árvores, trechos perfeitamente calçados com pedras sobre a terra batida e obras de engenharia de drenagem, cuidadosamente calculadas para escoar a água e evitar que ela estrague a trilha. Não são vestígios de uma estrada inca no Peru, mas algo bem mais próximo da realidade brasileira. Mais precisamente, trata-se do Caminho do Ouro, que ligava Paraty a Cunha, pela Serra da Bocaina.
Ele começou como uma trilha dos índios guaianases, que unia as tribos de Paraty às do Vale do Paraíba. Descoberto pelos portugueses, foi por muito tempo a principal rota para o escoamento do ouro de Minas Gerais, como parte do "caminho velho" da Estrada Real, que ligava Rio, São Paulo e Minas durante o ciclo do ouro.
Por enquanto, só uma parte de 4,5 quilômetros foi recuperada e pode ser visitada pelos turistas. Desbravar esse pequeno trecho é um programa imperdível - uma aula de história do Brasil em meio à exuberância da mata atlântica.
Ao longo da trilha, há paradas para descansar e ouvir um pouco sobre como o caminho era no século 18. As histórias contadas pelo guia despertam a imaginação. Ao tentar recuperar o fôlego depois de uma subida mais puxada, é impossível não pensar nos escravos que fizeram o mesmo percurso, trabalhando para colocar as pedras ao longo da rota.
Mesmo depois de pronto, andar pelo caminho na época do Brasil Colônia não era fácil. A vegetação era fechada, não havia calçamento em toda a trilha e ladrões montavam armadilhas para desviar os viajantes do percurso e roubá-los. "Descia-se em trupes de até 400 pessoas para chegar a Paraty com a mercadoria em segurança. Era o ônibus da época", conta o historiador e guia Carlos Alberto Quintanilha, pouco depois de mostrar aos turistas uma antiga ferradura de mula, encontrada sob as pedras.
Caminhadas guiadas no Caminho do Ouro partem diariamente às 11h30 do centro de informações turísticas (0--24- 3371-1783), localizado na altura do quilômetro 8 da Rodovia Paraty-Cunha. O acesso ao percurso histórico custa R$ 15.
Lavar a alma Convenientemente, ao lado do trecho restaurado do Caminho do Ouro ficam duas das melhores cachoeiras de Paraty: a Tarzan e a Tobogã. A primeira forma uma grande piscina natural, perfeita para se refrescar após a caminhada. Já a segunda é a preferida da molecada. Ela tem uma pedra lisa, por onde desce uma cortina d´água. A pedida é deslizar pela rocha, como num tobogã, até mergulhar.
Na entrada da Tobogã, uma placa traz um aviso um tanto estranho para quem não é de Paraty. Diz: "é proibido surfar na pedra", o que significa que não se deve descer a Tobogã em pé. Melhor respeitar o aviso. Mas há quem dê de ombros e "surfe" na rocha assim mesmo
Ele começou como uma trilha dos índios guaianases, que unia as tribos de Paraty às do Vale do Paraíba. Descoberto pelos portugueses, foi por muito tempo a principal rota para o escoamento do ouro de Minas Gerais, como parte do "caminho velho" da Estrada Real, que ligava Rio, São Paulo e Minas durante o ciclo do ouro.
Por enquanto, só uma parte de 4,5 quilômetros foi recuperada e pode ser visitada pelos turistas. Desbravar esse pequeno trecho é um programa imperdível - uma aula de história do Brasil em meio à exuberância da mata atlântica.
Ao longo da trilha, há paradas para descansar e ouvir um pouco sobre como o caminho era no século 18. As histórias contadas pelo guia despertam a imaginação. Ao tentar recuperar o fôlego depois de uma subida mais puxada, é impossível não pensar nos escravos que fizeram o mesmo percurso, trabalhando para colocar as pedras ao longo da rota.
Mesmo depois de pronto, andar pelo caminho na época do Brasil Colônia não era fácil. A vegetação era fechada, não havia calçamento em toda a trilha e ladrões montavam armadilhas para desviar os viajantes do percurso e roubá-los. "Descia-se em trupes de até 400 pessoas para chegar a Paraty com a mercadoria em segurança. Era o ônibus da época", conta o historiador e guia Carlos Alberto Quintanilha, pouco depois de mostrar aos turistas uma antiga ferradura de mula, encontrada sob as pedras.
Caminhadas guiadas no Caminho do Ouro partem diariamente às 11h30 do centro de informações turísticas (0--24- 3371-1783), localizado na altura do quilômetro 8 da Rodovia Paraty-Cunha. O acesso ao percurso histórico custa R$ 15.
Lavar a alma Convenientemente, ao lado do trecho restaurado do Caminho do Ouro ficam duas das melhores cachoeiras de Paraty: a Tarzan e a Tobogã. A primeira forma uma grande piscina natural, perfeita para se refrescar após a caminhada. Já a segunda é a preferida da molecada. Ela tem uma pedra lisa, por onde desce uma cortina d´água. A pedida é deslizar pela rocha, como num tobogã, até mergulhar.
Na entrada da Tobogã, uma placa traz um aviso um tanto estranho para quem não é de Paraty. Diz: "é proibido surfar na pedra", o que significa que não se deve descer a Tobogã em pé. Melhor respeitar o aviso. Mas há quem dê de ombros e "surfe" na rocha assim mesmo
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/310643/visualizar/
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