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Internacional
Quarta - 22 de Março de 2006 às 20:55

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está acompanhando "com preocupação" o caso de um afegão que se converteu ao cristianismo e que foi condenado à morte, porém ela não planeja uma retirada das tropas do Afeganistão caso haja uma execução. A chanceler "acompanha a evolução do caso" por meio do ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, informou hoje o porta-voz do Governo, Ulrich Wilhelm.

Além disso, o chefe da diplomacia alemã expressou, por telefone, a seu homólogo afegão, Abdullah Abdullah, a preocupação de Berlim com o caso, explicou um porta-voz do ministério de Relações Exteriores.

No entanto, a fonte também disse qua a sugestão dada por alguns políticos da oposição, de retirar as tropas alemãs do Afeganistão caso Abdul Rahman seja condenado à morte, não está sendo considerada.

Steinmeier e a ministra de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Heidemarie Wieczorek-Zeul, expressaram ontem sua preocupação com a questão e lembraram que o Afeganistão está sujeito à Convenção de Direitos Humanos, que garante a liberdade religiosa.

O ministro da Economia do Afeganistão, Amin Farhang, disse hoje a um jornal alemão que a reação dos políticos do país europeu foi "exagerada" e chamou a proposta de retirada de tropas de "chantagem".

A Alemanha possui 2.200 soldados no Afeganistão, e o deputado Friedbert Pflüger, da União Democrata-Cristã (CDU), falou que o episódio poderia influenciar a missão no Afeganistão.

Pflüger disse que as tropas alemãs não estão no Afeganistão "para que se execute a pena de morte por razões religiosas".

Rahman, que viveu nove anos na Alemanha, se converteu ao cristianismo após trabalhar em uma organização humanitária do Paquistão.





Fonte: EFE

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