Annan disposto a criar tribunal para julgar assassinato de Hariri

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, manifestou hoje sua disposição em dar início às negociações para a criação de um tribunal especial que julgue os suspeitos de assassinar o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri.

Num relatório apresentado ao Conselho de Segurança, Annan recomenda que os 15 membros deste órgão aprovem uma resolução que lhe autorize começar as negociações com as autoridades do Líbano.

"As consultas com as autoridades libanesas puseram de manifesto a necessidade urgente no Líbano de se buscar a verdade por trás da morte de Hariri e de outras personalidades e de se levar à Justiça os autores" dos assassinatos, declarou o secretário-geral.

Annan expõe em seu relatório que, devido a questões de segurança, o Governo do Líbano expressou sua preocupação com um tribunal funcionando dentro do país.

Por isso, recomenda que a corte especial seja formada por juízes estrangeiros e que sua localização seja estudada cautelosamente.

Segundo Annan, o Governo de Beirute acha que a criação do tribunal é essencial "para que o país volte à estabilidade e o alcance de uma paz duradoura".

A incumbência deste tribunal especial será processar aos suspeitos de assassinar Hariri e outras 22 pessoas que morreram num atentado em 14 de fevereiro de 2005.