Nível do rio Cuiabá é estável, mas Defesa Civil mantém alerta

O nível do rio Cuiabá se mantém estável e de acordo com a Defesa Civil não há possibilidade de enchente nas próximas 24 horas. Em Cuiabá houve uma queda de três centímetros de ontem para hoje. Às sete horas desta quarta-feira (22/03), a régua marcava seis metros e quarenta centímetros, ainda distante da cota de alerta estipulada em oito metros e meio.

Em Rosário Oeste, o nível da água subiu oito centímetros. Neste momento, a régua marca seis metros e quarenta e três centímetros. Segundo o superintendente da Defesa Civil em Mato Grosso, tenente coronel Arilton Azevedo, a situação está sob controle, pois a cota de alerta em Rosário é de sete metros e quarenta centímetros.

Em Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço, também houve uma pequena alteração no nível da água, porém nestes dois municípios a situação é um pouco mais preocupante, uma vez que várias comunidades encontram-se isoladas pelas águas.

O secretário de Meio Ambiente (Sema), Marcos Machado, acompanhado pelo prefeito Faustino Dias e pelo superintendente Arilton Azevedo, visitou a comunidade de Praia do Poço, no fim da tarde de ontem, onde quarenta e seis famílias estão ilhadas. O secretário alertou os moradores sobre a necessidade de abandonar as áreas atingidas pela água, mas os ribeirinhos resistem à retirada. Em Santo Antônio, apenas três famílias foram retiradas de suas casas pela Defesa Civil. “A resistência beira à teimosia, o que é perigoso, pois coloca em risco suas próprias vidas”, disse Marcos Machado, ressaltando que o Estado possui abrigos seguros e toda a estrutura necessária para atender os desabrigados.

O prefeito de Santo Antonio de Leverger, Faustino Dias Neto, anunciou que pretende decretar Situação de Emergência no município em função da previsão da chegada de um volume maior de água no fim de semana, provocado pelo aumento da vazão na usina de Manso.

Nesta terça-feira (21/03), o volume de água liberado pelos vertedouros da usina de Manso chegou a 900 metros cúbicos por segundo, mais que o dobro da média normal. Porem esta água demora aproximadamente 48 horas para chegar a capital. Hoje a vazão de água na usina foi reduzida para 800 metros cúbicos por segundo, ao contrário da previsão inicial, de 1 mil metros cúbicos.