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Internacional
Quarta - 22 de Março de 2006 às 11:30

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Pelo menos cinco dos doze executivos que concederam empréstimos secretos no valor de quase 14 milhões de libras (20,4 milhões de euros) ao governante Partido Trabalhista britânico, querem a devolução do dinheiro emprestado.

Assim afirma hoje o jornal "The Daily Telegraph", segundo o qual os cinco empresários deram empréstimos ao partido por um total de 6,5 milhões de libras (9,5 milhões de euros), dos quais mais da metade vencem este ano.

Já o jornal "The Independent" afirma que são sete os empresários de diferentes setores que esperam a devolução do dinheiro emprestado, que totaliza cerca de 14,5 milhões de euros.

A reivindicação, que acontece depois de a imprensa revelar a existência desses empréstimos secretos, pode afundar o partido do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em uma crise financeira, segundo fontes jornalísticas.

Na terça-feira, um porta-voz trabalhista se negou a comentar os rumores afirmando que o partido planeja vender sua sede central da rua Old Queen, no bairro de Westminster, para arrecadar dinheiro e saldar suas dívidas.

Segundo o "The Independent", as dívidas dos trabalhistas podem chegar a 23 milhões de libras (33,6 milhões de euros), em grande parte relacionadas à campanha eleitoral do ano passado.

Enquanto isso, a Polícia Metropolitana britânica anunciou a abertura de uma investigação sobre a suposta oferta de títulos, como o de lorde, em troca de doações ao partida.

O escândalo afeta diretamente o próprio Blair, que segundo a imprensa é a figura central dessas operações, sobre as quais não foram informados nem o próprio tesoureiro do partido, Jack Dromey, nem o ministro das Finanças britânico e candidato a suceder Blair, Gordon Brown.

Alguns dos multimilionários benfeitores do Novo Trabalhismo estavam supostamente dispostos a fazer doações em vez de empréstimos, e hoje muitos se perguntam por que houve a então pelos créditos se não fosse porque queriam mantê-los em sigilo.

A Scotland Yard começou sua investigação depois que o Partido Nacional Escocês e o galês Playd Cymru apresentaram diferentes processos por suposta violação de uma lei britânica de 1925, que proíbe a venda de títulos como o de lorde.

A proposta de nomeação à Câmara dos Lordes de quatro dos doze homens de negócios que emprestaram dinheiro a Blair foi bloqueada pela comissão que investiga esse tipo de designação.





Fonte: EFE

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