Ameaçado de cassação, Magno se diz esperançoso

O deputado João Magno (PT-MG) se disse esperançoso no resultado da sessão que irá decidir se ele será ou não cassado no plenário da Câmara na tarde de hoje. O petista é acusado de ter recebido R$ 426 mil da empresa SMP&B, do publicitário Marcos Valério de Souza.

Câmara vota cassação de mais dois deputados "Eu apresentei as contas dos R$ 126 mil e quando fui avisado que ainda faltavam R$ 300 mil eu fui atrás da fonte de origem, que é o PT", explicou Magno.

Em entrevista à rádio CBN, Magno afirmou que pretende se defender com a verdade. "Eu cometi uma falha e admito", esclareceu o deputado. O parlamentar disse ser inocente de um equívoco de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT). "O Delúbio falhou comigo e ele sabe disso", afirmou o deputado.

O petista é acusado de ter recebido R$ 426 mil da empresa SMP&B, do publicitário Marcos Valério de Souza. O dinheiro, não contabilizado, destinava-se a cobrir custos da campanha de Magno a prefeito de Ipatinga (MG), em 2004.

Quando questionado sobre os 10 votos a favor de sua votação, Magno disse que tudo ocorreu devido a um momento favorável que o plenário está sofrendo. "Aqueles que pediram a minha cassação se esqueceram da minha moral e da minha história", afirmou Magno. "Não cometi nenhum crime, eu cometi falhas".

Junto com o petista, o deputado Wanderval dos Santos (PL-SP) também enfrentará na tarde desta quarta-feira a votação do seu processo de cassação. Segundo a rádio CBN, o deputado também foi procurado para conceder entrevista, mas não quis dar depoimentos.