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Cidades/Geral
Quarta - 22 de Março de 2006 às 09:25
Por: Valéria Cristina

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O advogado Zaid Arbid protocolou ontem na Justiça Federal um pedido para que o juízo da 1ª Vara analise o fato de seu cliente, João Arcanjo Ribeiro, ter sido arrolado como testemunha de defesa em uma ação onde ele também é credor do débito cobrado pela União. Trata-se de um processo que o governo federal move contra os ex-dirigentes da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputados Humberto Bosaipo (PFL) e José Riva (PP), cobrando um débito de R$ 30,5 milhões. O depoimento em que o "Comendador" deve ser ouvido como testemunha de defesa está marcado para amanhã, às 14 horas, na sede da Justiça Federal em Cuiabá. Para Arbid, seria incoerente Arcanjo depor nesse caso. O advogado espera que a situação seja revista.

De qualquer forma, a defesa do "Comendador" já deixou claro que ele não fará qualquer pronunciamento ao juiz titular da 1ª Vara Federal Julier Sebastião da Silva. Independentemente do processo em questão. O posicionamento condiz com o fato de Arcanjo ter entrado com uma exceção de suspeição contra Julier. O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou, liminarmente, o afastamento do magistrado mato-grossense de três processos onde Arcanjo figura como réu, mas não o declarou suspeito sobre todas as ações, como pretendia a defesa.

Mesmo, assim, o advogado do "Comendador" diz não aceitar a atuação do juiz em relação ao seu cliente. Por isso o "voto de silêncio". Apesar de já haver a expectativa de que Arcanjo não fale nada, por enquanto, o depoimento continua marcado. Se acontecer, será o terceiro desde que o ex-policial civil chegou extraditado do Uruguai.

No primeiro, que também foi em processo presidido por Julier Sebastião, Arcanjo se manteve calado. No segundo, da Justiça estadual sobre a morte do empresário Sávio Brandão, o "Comendador" apenas reiterou depoimento prestado em 2002, quando sequer havia um processo contra ele. Naquela época ele negou o crime. Arcanjo participará também de um procedimento na sexta-feira, quando a juíza da 12ª vara criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Fago, ouvirá as testemunhas de acusação no processo de Sávio.





Fonte: A Gazeta

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