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Economia
Quarta - 22 de Março de 2006 às 07:01

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O principal argumento que o setor produtivo primário estadual está usando para que o Estado possa decretar a condição de emergência é a queda na renda agrícola, que se reflete em toda a economia mato-grossense. “Contabilizamos prejuízos médios de R$ 300 por hectare nesta safra no Estado”, alerta o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, incumbido de contribuir para a busca de informações que poderão subsidiar o decreto de estado de emergência.

A grosso modo, podendo variar para pior, dependendo da localização da lavoura, o custo de produção da soja 05/06 no Estado demanda investimentos de 60 sacas por hectare (ha). “Enquanto que o retorno, ou seja, a produtividade média, está prevista em cerca de 45 sacas/ha, resultado das bruscas variações climáticas e da ferrugem. Como se pode ver, trabalhamos com déficit de 15 sacas. Essa conta leva em consideração somente o custo direto da produção, não contabilizamos endividamento da safra passada e nem custos variáveis”, exclama Tomczyk.

PGE – Desde o último dia 6, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está incumbida de apontar informações que revelam a viabilidade, ou não, do decreto estadual de emergência. Ontem, por telefone, o procurador geral, João Virgílio de Nascimento Sobrinho, que estava em Brasília, disse que os estudos estão na fase de coletas de dados e que ainda não é possível anunciar um prazo para conclusão. “Esperamos finalizar o mais rápido possível, atendendo à solicitação do governador Blairo Maggi”.

Ontem, o procurador geral já havia coletado informações no Banco do Brasil e hoje busca informações na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Temos de nos cercar de dados macroeconômicos, mesmo porque há uma crise macroeconômica”. Antes da viagem à capital Federal, Sobrinho explicou que já tinha acesso a todas as informações vindas de federações e associações estaduais. “Agora buscamos entidades federais. Não há como não nos subsidiarmos fora da realidade”. Ele disse que mesmo com os dados já coletados ainda não é possível medir as vantagens e desvantagens de um decreto em esfera estadual. (MP)





Fonte: Diário de Cuiabá

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