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Internacional
Terça - 21 de Março de 2006 às 17:56

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O Conselho de Segurança da ONU cancelou as consultas previstas para hoje para discutir uma declaração presidencial sobre a crise nuclear do Irã, diante das dificuldades para alcançar um acordo, informaram fontes deste órgão.

Os 15 membros do Conselho tinham previsão de debater uma minuta de declaração presidencial, elaborada pela França e pelo Reino Unido, para exigir que o Irã cumpra as demandas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio.

Fontes do Conselho de Segurança - cuja Presidência rotativa está a cargo do embaixador da Argentina, César Mayoral - disseram à EFE que alguns membros tinham pedido para cancelar a reunião, e que possivelmente será remarcada para quinta ou sexta-feira.

O cancelamento acontece um dia depois da realização de uma reunião de alto nível em Nova York, com altos funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia).

O encontro também teve a participação da Alemanha, que junto com a delegação da França e do Reino Unido formam a troika européia (UE-3), que há meses tenta convencer Teerã a renunciar a suas atividades de enriquecimento de urânio, em troca de um pacote de incentivos econômicos.

A reunião terminou sem acordo sobre a declaração presidencial, assim como sobre uma estratégia mais ampla a seguir sobre a questão iraniana, se esse país continuar descumprindo suas obrigações no âmbito nuclear.

O subsecretário americano de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, já antecipou na saída da reunião que a adoção da declaração presidencial "levaria mais uns dois dias".

A China e a Rússia mostram cautela sobre qualquer decisão que possa ser tomada no Conselho de Segurança que abra a possibilidade futura de impor sanções ao Irã.

Ambos os países temem que a decisão provoque a irritação de Teerã e decida romper todos os contatos com a AIEA, e inclusive se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TPN).

Fontes diplomáticas disseram que diante da dura oposição da Rússia, apoiada pela China, os patrocinadores da declaração presidencial, França e Reino Unido, revisarão de novo o texto para tentar que os dois primeiros se somem ao consenso.





Fonte: EFE

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