BenQ tem prejuízo menor com ajuda de novos celulares

A BenQ, maior fabricante de equipamentos de computação e celulares de Taiwan, informou na terça-feira que seus prejuízos diminuíram desde o último trimestre. Os resultados foram ajudados pela popularidade de novos celulares que possuem margens melhores.

A BenQ, que na semana passada divulgou perda acima da esperada para o quarto trimestre, está apostando em celulares topo de linha com funções multimídia para tentar melhorar seu balanço financeiro após ter assumido a linha de celulares da alemã Siemens.

A empresa assumiu a unidade deficitária de aparelhos móveis da Siemens em outubro de 2005. Agora, a BenQ Mobile representa metade das vendas do grupo de Taiwan. A BenQ também comercializa monitores LCD, televisores de tela plana e projetores.

"O quarto trimestre foi o fundo do poço e estamos melhores agora", disse um representante da companhia, que pediu para não ser identificado. Ele não forneceu detalhes financeiros.

Em um mercado altamente competitivo e dominado por marcas como Nokia, Motorola e Samsung, a BenQ prevê que seus novos aparelhos de terceira geração e com recursos multimídia ampliarão sua margem bruta no segundo e terceiro trimestres deste ano.

A empresa taiuanesa planeja lançar 30 novos celulares este ano, incluindo 12 modelos que chegaram ao mercado no primeiro trimestre.

No Brasil, a BenQ Mobile assumiu a fábrica da Siemens em Manaus. No dia 13, a empresa anunciou investimentos de 2,7 milhões de reais na unidade para adaptar linhas para produção de dois novos modelos que serão lançados até junho.

Esses modelos são os dois primeiros produtos de um total de 15 que serão produzidos no país, informou a diretora-geral da BenQ Mobile brasileira, Denise Santos.

A companhia, que prevê faturamento de 1,5 bilhão de reais este ano no país, deve investir 75 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento, com foco na criação de software.