Palestinos podem viver sem ajuda, diz ministro

Os palestinos podem sobreviver sem a ajuda financeira européia e, caso seja necessário, o novo governo palestino buscará outras fontes, informou o ministro palestino designado das Finanças, Omar Abdel Rasek, segundo a imprensa alemã. "O fim da ajuda européia teria conseqüências sérias, mas não catastróficas", considerou Rasek, membro do novo governo dominado pelo movimento islâmico Hamas, ao jornal alemão Financial Times Deutschland.

"Poderemos sobreviver sem essa ajuda", acrescentou, ao ressaltar que "o novo governo do Hamas tem outras fontes, nos países árabes" e está disposto a aceitar a ajuda do Irã. A União Européia (UE) é o principal respaldo financeiro dos palestinos, com cerca de 500 milhões de euros de ajuda por ano. Mas "os 25" informaram que grande parte deste dinheiro, que é enviado ao governo palestino, pode ser cortado se o Hamas não respeitar as condições estabelecidas.

Desde a vitória do Hamas nas eleições palestinas de 25 de janeiro, a UE informou que não manterá nenhum contato com o movimento radical, que figura em sua lista de organizações terroristas, enquanto este não renunciar à violência, não reconhecer o direito à existência de Israel e não aceitar negociar com esse país. "Os europeus têm um comportamento curioso ao formularem um julgamento sem falarem conosco", opinou Rasek, que se disse convencido de que os europeus logo mudarão de atitude.