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Terça - 21 de Março de 2006 às 08:48
Por: Keka Werneck

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Santo Antônio do Leverger e Barão de Melgaço podem ser as duas localidades que mais vão sofrer quando a água liberada pela comporta da Usina de Manso chegar lá. É que, conforme o engenheiro Domingos Iglesias, há muito assoreamento no rio nestas duas regiões o que provoca o represamento da água.

"É por isso que quando Cuiabá está em alerta, lá já está tudo alagado", diz ele.

Autorização - Para abrir a comporta e aumentar a vazante, Furnas afirma ter a autorização da ONS, que regula todo o sistema.

Para entender o sistema, bastar associá-lo ao corpo humano e suas veias, sendo o sangue a energia elétrica.

O que é produzido em Manso de energia é lançado nesse sistema. Trata-se de 210 megawatts, o que dá a esta usina status apenas de pequeno porte. Conforme Furnas, há outras usinas no país que produzem até 2 mil megawatts.

Fiscalização - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é o órgão responsável pela fiscalização de usinas. Conforme apurou a reportagem, Manso passou por vistoria em 2004. "Está tudo bem e o reservatório foi muito bem instalado", afirma a assessoria de imprensa da Aneel, se referindo às conclusões da fiscalização.

O assistente da superintendência de Fiscalização do Serviço de Geração de Energia, Rômulo Feijão, confirma o diagnóstico favorável à Manso.

Últimas notícias - Ontem, no final do dia, os primeiros sinais de elevação do rio Cuiabá já apareciam em Rosário Oeste.

Na régua, a água subiu de 6,45 a 6,55.

Pelos meios de comunicação, hoje, notícias serão veiculadas a todo instante.

É esperar pela noite e verificar se a preocupação valeu apenas como medida de segurança ou se as seis cidades envolvidas na questão vão viver momentos difíceis.





Fonte: A Gazeta

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