Repórter News - reporternews.com.br
Por telefone, detentos explicam motivos de rebelião em Iperó
SÃO PAULO - Os 1.200 detentos da Penitenciária de Iperó, a 120 quilômetros da capital, estão rebelados desde as 10 horas desta segunda-feira e fizeram 19 funcionários e um diretor do presídio reféns. Em mensagem passada por telefone celular ao Jornal da Tarde, os presos que as causas do motim foram superlotação, transferências injustificadas, maus-tratos, espancamentos, torturas e também pelos constrangimentos impostos a seus familiares nos dias de visita. A unidade tem capacidade para 852 presos.
Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), os detentos atearam fogo em colchões e roupas e quebraram as instalações do presídio.
Eis a íntegra da mensagem:
"Os reclusos que protagonizam as rebeliões os fazem sempre contra a opressão do sistema e sim uma política humanitária fundamental que pressupõe a assistência básica para sobrevivência (e não há), transforma as penitenciárias hoje em espaço de tortura. Eles não se rebelam contra os agentes. Eles se levantam contra a omissão e descaso do Estado, tomando reféns em verdadeiro desabafo contra o permanente atentado à dignidade de que são vítimas, tanto que são raros os casos de agressão a agentes penitenciários. Só apanham os funcionários que não respeitam os presos e que são violentos desnecessariamente (e isso existe). A grande maioria dos agentes sabe respeitar os regulamentos e os direitos. Quando ocorre uma explosão dessa, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) faz questão de divulgar pela mídia, atribuindo a culpa aos internos no intento de esconder a grande causa pela qual é a única responsável, atuando nos bastidores para esconder suas próprias falhas. Não há qualquer esperança de solução dessas insurgências que intranqüilizam a sociedade, enquanto o governo do Estado não reconhecer que a questão é de humanidade, não de construções físicas e sim respeito para com os presos e para com os agentes penitenciários tratados como escravisticamente (sic)".
Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), os detentos atearam fogo em colchões e roupas e quebraram as instalações do presídio.
Eis a íntegra da mensagem:
"Os reclusos que protagonizam as rebeliões os fazem sempre contra a opressão do sistema e sim uma política humanitária fundamental que pressupõe a assistência básica para sobrevivência (e não há), transforma as penitenciárias hoje em espaço de tortura. Eles não se rebelam contra os agentes. Eles se levantam contra a omissão e descaso do Estado, tomando reféns em verdadeiro desabafo contra o permanente atentado à dignidade de que são vítimas, tanto que são raros os casos de agressão a agentes penitenciários. Só apanham os funcionários que não respeitam os presos e que são violentos desnecessariamente (e isso existe). A grande maioria dos agentes sabe respeitar os regulamentos e os direitos. Quando ocorre uma explosão dessa, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) faz questão de divulgar pela mídia, atribuindo a culpa aos internos no intento de esconder a grande causa pela qual é a única responsável, atuando nos bastidores para esconder suas próprias falhas. Não há qualquer esperança de solução dessas insurgências que intranqüilizam a sociedade, enquanto o governo do Estado não reconhecer que a questão é de humanidade, não de construções físicas e sim respeito para com os presos e para com os agentes penitenciários tratados como escravisticamente (sic)".
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/311253/visualizar/
Comentários