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Educação/Vestibular
Segunda - 20 de Março de 2006 às 14:12
Por: Soraia Ferreira

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A construção de uma unidade de ensino em alvenaria na aldeia Ngojhwere (localizada a 150 km do município de Querência, no Norte do estado) levará a oportunidade de ensino de qualidade aos índios Kisedje, sem afastá-los de sua cultura. Essa é a avaliação do professor da escola Estadual Indígena da aldeia, Tempty Sayá.

O professor e cerca de 208 indígenas da aldeia Ngojhwere, chefiada pelo cacique Kuiussi Suyá, receberam na última sexta-feira (18) a secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz, e o prefeito de Querência, Fernando Gorgem. Eles vistoriaram as obras da nova escola, que irá servir 97 alunos da aldeia.

“As crianças vão ter melhores condições para aprender e ajudar a comunidade”, disse o professor Tempty. As obras da escola, que possui duas salas de aula, sala de professor, cozinha, refeitório e banheiros, já estão em fase de conclusão. Para essa ação, o Governo do Estado e prefeitura de Querência investiram mais de R$ 170 mil.

Durante a visita, Ana Carla informou que o Governo do Estado já aplicou R$ 1,4 milhão na construção de 18 escolas indígenas e na ampliação de mais duas. “Criamos um projeto arquitetônico diferenciado para atender os povos indígenas. Com isso, estamos respeitando suas especificidades e melhorando o ensino oferecido”, destacou a secretária.

Manter as crianças e jovens na aldeia também é a preocupação do cacique Kuiussi. “Não gosto quando as crianças vão estudar na cidade”, afirmou. O cacique, que acaba de perder a mãe, disse que aguarda o fim do luto para fazer uma grande festa de inauguração da escola. “Espero que o governador Blairo Maggi venha na festa”, disse ele.

Em aproximadamente 45 dias as obras da Escola Estadual Indígena deverá ser concluída e será entregue com mobiliário completo, poço e gerador de energia.

Qualificação do ensino

O professor Tempty ressaltou que, com a nova escola, será possível abrir turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e LetrAção para atender, no período noturno, os adultos da aldeia.

Para fazer esse atendimento, a secretária disse que solicitará a adequação das apostilas do projeto Letração. “As apostilas são direcionadas para alunos adultos, agora veremos a possibilidade de imprimir um fascículo para os indígenas”.

As aulas na aldeia são diferenciadas. Os alunos aprendem na língua mãe e em português. Para dar essas aulas a Seduc ofereceu aos dois professores da Ngojhwere, a graduação, pelo 3º Grau indígena, em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).





Fonte: Assessoria/Seduc-MT

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