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Economia
Segunda - 20 de Março de 2006 às 13:38
Por: Ubiratan Braga

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Por conta dos enormes transtornos provocados pela ‘Operação Rio Pardo’, desencadeada pela Polícia Federal em 29 de novembro de 2005, com objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Mato Grosso a pedido do Ministério Público Federal no município de Colniza, a Câmara de Vereadores instalou Comissão Especial de Investigação (CEI) para corrigir falhas, dirimir dúvidas, e restabelecer a justiça.

Os membros da comissão investigadora estiveram protocolando nesta sexta-feira (17/03) junto ao Poder Legislativo de Mato Grosso, através de seu primeiro-secretário, deputado José Riva (PP), pedido de auxilio no sentido de ampliar as discussões sobre o tema. Pela proposta: abertura de CPI no âmbito estadual.

Finalizado relatório (previsão de conclusão: quinze dias) a CEI enviará todos os levantamentos e os disponibilizará à Assembléia. Conforme a relatora, vereadora Valéria Vanessa Figueiredo (sem partido), nesta primeira fase de levantamentos ou pré-relatório foram colhidos documentos, mapas, e feito cruzamentos de informações seguindo os depoimentos colhidos de fazendeiros e moradores pioneiros.

Indagada se estes subsídios seriam o bastante para provar a idoneidade dos acusados ela disse que: “Tudo indica que a área não era fonte de riqueza ilícita, como foram tratados alguns fazendeiros da cidade de Colniza”, considera.

O vereador Helinho Mendes (sem partido), secretário-geral da CEI afirmou que as noticias dando conta que empresas madeireiras promoveram genocídio de índios para conseguirem explorar a área, não passou de boataria. “Não sei como conseguiram plantar este tipo de conversa. Moro a dez anos em Colniza e estou muito descontente com a situação. Isso é boato”, afirma.

Sem querer detalhar os pormenores o presidente da comissão, vereador João Batista Pereira - “o Jota” (PMDB), se limitou apenas a informar que o relatório aponta para injustiças e arbitrariedades. “Neste momento necessitamos de apoio de lideranças estaduais, pois a cidade de Colniza parou. A economia foi á estaca zero e a dignidade de seus moradores foi maculada. Muita injustiça e arbitrariedades cometidas”, argumenta.

Com o desencadeamento da “Operação Rio Pardo” o caos sócio-econômico se instalou de forma rude e sem precendentes, não bastassem as dificuldades de rotina. Colniza, distante 1.191 km a Noroeste de Mato Grosso registra falta de perspectiva de crescimento. A escala do desemprego ultrapassou a marca de cinco mil postos de trabalho, empresas fechadas e famílias seguindo para outras localidades a procura de sobrevivência.

“Injustiça e arbitrariedade num misto de descaso e abandono com falsa acusação de grilagem de terras e genocídio de índios. Este é o panorama deixado pela operação policial, num evidente movimento de desestabilidade do município”, disse Riva, parlamentar municipalista e emenda: “Não podemos nos calar diante de tamanha insensatez. Pelo relatado podemos afirmar que houve prejulgamento, coisa que abobinamos. Temos que encontrar meios para restabelecer a ordem”, finaliza.

Segundo Riva, depois de concluído o relatório é que será definida a estratégia no sentido de reaver as perdas provocadas em Colniza.





Fonte: Da Assessoria

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