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Pratini não vê ações para tirar agricultura do caos
O ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, afirma que não vê ações concretas do governo Federal para socorrer a agricultura. “O agronegócio passa por um momento de perigo e caminha para o caos. É preciso fazer algo imediatamente antes que ocorra o pior”, alerta.
Pratini, que esteve esta semana em Cuiabá para participar de um seminário sobre o mercado futuro de boi gordo, espera que a nação tome consciência do grave problema que é, “não apoiar a agricultura brasileira. Isso provocará a estagnação do setor a curto prazo”.
Segundo ele, o agronegócio é o setor mais prejudicado pela sobrevalorização do real. “Isto já se faz sentir pelos números da renda do setor, que caíram acentuadamente nas últimas safras, colocando em risco a atividade”.
Na avaliação do presidente da Abiec, as conseqüências desses desajustes são “menos investimentos, menos área plantada, menos empregos, menos produção e, num futuro próximo, menos exportação. Seria o caos para a economia brasileira, pois o agronegócio é o termômetro do nosso crescimento. Se o setor vai mal, todos os setores da economia sofrem as conseqüências e, quem paga, é a nação”.
Segundo ele, todo o agronegócio está sendo penalizado pela desvalorização do dólar.
“As nossas exportações tendem a crescer menos, enquanto o produtor é obrigado a conviver com dívidas astronômicas e entregar sua produção por preços que não chegam a cobrir os custos. A agricultura está no fundo do poço”.
No caso da pecuária, a situação não é diferente. “Mato Grosso expandiu o seu rebanho bovino e não aumentou a sua capacidade de abate. Há poucos frigoríficos para atender à região e com isso, os pecuaristas acabam se enfraquecendo no mercado”.
Outra coisa que preocupa o ex-ministro da Agricultura é o grande abate de fêmeas no Estado. “Estão matando vacas bem acima da média para conter a expansão do rebanho e ter chances de continuar na atividade”, lembra Pratini.
O rebanho atual de Mato Grosso é de 26,84 milhões de animais, porém a taxa de desfrute já chega a 20% (cerca de 5 milhões de reses). Os frigoríficos da região, contudo, só conseguem abater 4 milhões de cabeças por ano.
“Com isso, há um excedente de 1 milhão de animais por ano, provocando uma crise de oferta que está corroendo a renda e descapitalizando o produtor”.
Ele aponta que as saídas podem estar na ampliação do número de frigoríficos no Estado e na habilitação de novas áreas de exportação para a União Européia (UE).
Atualmente 50% dos municípios de Mato Grosso, que concentram mais de 13 milhões de cabeças, não estão credenciados a exportar carne para aquele mercado.
“Precisamos liberar as exportações para o restante do Estado, mas para isso precisamos convencer os europeus de que as nossas ações na área sanitária são eficientes”, destaca.
Pratini, que esteve esta semana em Cuiabá para participar de um seminário sobre o mercado futuro de boi gordo, espera que a nação tome consciência do grave problema que é, “não apoiar a agricultura brasileira. Isso provocará a estagnação do setor a curto prazo”.
Segundo ele, o agronegócio é o setor mais prejudicado pela sobrevalorização do real. “Isto já se faz sentir pelos números da renda do setor, que caíram acentuadamente nas últimas safras, colocando em risco a atividade”.
Na avaliação do presidente da Abiec, as conseqüências desses desajustes são “menos investimentos, menos área plantada, menos empregos, menos produção e, num futuro próximo, menos exportação. Seria o caos para a economia brasileira, pois o agronegócio é o termômetro do nosso crescimento. Se o setor vai mal, todos os setores da economia sofrem as conseqüências e, quem paga, é a nação”.
Segundo ele, todo o agronegócio está sendo penalizado pela desvalorização do dólar.
“As nossas exportações tendem a crescer menos, enquanto o produtor é obrigado a conviver com dívidas astronômicas e entregar sua produção por preços que não chegam a cobrir os custos. A agricultura está no fundo do poço”.
No caso da pecuária, a situação não é diferente. “Mato Grosso expandiu o seu rebanho bovino e não aumentou a sua capacidade de abate. Há poucos frigoríficos para atender à região e com isso, os pecuaristas acabam se enfraquecendo no mercado”.
Outra coisa que preocupa o ex-ministro da Agricultura é o grande abate de fêmeas no Estado. “Estão matando vacas bem acima da média para conter a expansão do rebanho e ter chances de continuar na atividade”, lembra Pratini.
O rebanho atual de Mato Grosso é de 26,84 milhões de animais, porém a taxa de desfrute já chega a 20% (cerca de 5 milhões de reses). Os frigoríficos da região, contudo, só conseguem abater 4 milhões de cabeças por ano.
“Com isso, há um excedente de 1 milhão de animais por ano, provocando uma crise de oferta que está corroendo a renda e descapitalizando o produtor”.
Ele aponta que as saídas podem estar na ampliação do número de frigoríficos no Estado e na habilitação de novas áreas de exportação para a União Européia (UE).
Atualmente 50% dos municípios de Mato Grosso, que concentram mais de 13 milhões de cabeças, não estão credenciados a exportar carne para aquele mercado.
“Precisamos liberar as exportações para o restante do Estado, mas para isso precisamos convencer os europeus de que as nossas ações na área sanitária são eficientes”, destaca.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/311500/visualizar/
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