Dados básicos e evolução política do Iraque

LOCALIZAÇÃO: Estado da Ásia ocidental, situado ao norte da Península Arábica, que faz fronteira ao norte com a Turquia, a oeste com a Síria e a Jordânia, ao sul com a Arábia Saudita e o Kuwait e a leste com o Irã. A sudeste, seu litoral é banhado pelo Golfo Pérsico.

SUPERFÍCIE: 438.317 quilômetros quadrados.

POPULAÇÃO: 25,8 milhões de habitantes (dados da ONU de 2004).

CAPITAL: Bagdá.

IDIOMA: Oficiais (árabe e curdo) e não-oficiais (assírio, turcomano, persa e sabeu).

RELIGIÃO: A religião majoritária é o islamismo: xiitas (60% da população) e sunitas (30%). Além disso, existe uma considerável comunidade cristã.

SISTEMA DE GOVERNO: Sistema parlamentar, dotado de uma câmara composta por 275 cadeiras; um presidente, o curdo Jalal Talabani, e um primeiro-ministro interino, o xiita Ibrahim al-Jaafari, reeleito para o cargo pela Aliança Iraquiana Unida, vitoriosa nas eleições de 15 de dezembro de 2005.

A eleição precisará, no entanto, ser ratificada por dois terços da Câmara, número que parece difícil de ser alcançado por causa da rejeição expressada pelos grupos curdos e sunitas.

CONSTITUIÇÃO: Aprovada em plebiscito popular em 15 de outubro de 2005, com 78% de aprovação, descreve o Iraque como um Estado federal.

ECONOMIA: A moeda é o dinar iraquiano, que convive atualmente com o dólar americano. A principal fonte de riqueza do país é o petróleo. O Iraque era, até o embargo imposto pela ONU em 1991, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita.

HISTÓRIA RECENTE: Após a derrubada de Saddam Hussein pelas tropas aliadas comandadas pelos EUA, a reconstrução e a democratização estão sendo tortuosas. Em 30 de janeiro de 2005, foram realizadas as primeiras eleições legislativas, vencidas pela Aliança Iraquiana Unida (xiita), e por meio das quais Talabani e Al-Jaafari foram eleitos presidente e primeiro-ministro, respectivamente.

Em 15 de outubro do ano passado, foi aprovada em plebiscito a nova Constituição. No mesmo processo rumo à democratização, em 15 de dezembro ocorreram novas eleições, em que a Aliança xiita (128 cadeiras) revalidou, embora com menor força, sua vitória no Parlamento, seguida pela Aliança Curda, que obteve 53 cadeiras, e pela Frente do Consenso Iraquiano (sunita), com 44.

O fim da profunda divisão entre as comunidades, a luta contra uma violência incessante e o julgamento do ex-presidente Saddam Hussein são os desafios do novo Governo.