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Sábado - 18 de Março de 2006 às 07:52
Por: Gisele Neuls

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Alta Floresta, MT - Duas semanas depois do município de Lucas do Rio Verde ter sido pulverizado por herbicida, as investigações ainda não chegaram aos responsáveis nem identificaram qual tipo de dessecante foi jogado sobre a zona urbana e sítios vizinhos.

Nesta semana três entidades da sociedade civil encaminharam ao Ministério Público Estadual um relatório com o levantamento dos prejuízos causados aos chacreiros e moradores do município.

O documento, elaborado por técnicos e representantes do Fórum Mato-Grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde aponta que realmente houve ação de dessecante nas hortas, pomares e jardins - o que provocou, além de prejuízo aos pequenos produtores, transtornos nas suas rotinas.

"O relatório mostra que o sentimento geral das pessoas é de revolta. E que há um certo descaso da prefeitura com o ocorrido", afirma Rodrigo Ferreira de Moraes, secretário-executivo do Formad, explicando que o documento contém dados técnicos, depoimentos de agricultores e uma avaliação da atuação do poder público no caso.

Nesta semana, veículos de comunicação da região publicaram notícias afirmando que houve contaminação nos poços artesianos e no próprio Rio Verde, mas segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, as investigações e análises não foram concluídas e não é possível afirmar se essas contaminações realmente ocorreram.

"Pegaram o texto da denúncia à Vigilância Sanitária, que pede que se verifiquem rios e água potável, e divulgaram a possibilidade de contaminação como notícia", relata Augusto Pereira, coordenador do Ponto de Cultura Norte de Mato Grosso.

Na manhã de sábado (18), haverá uma reunião aberta à comunidade na sede do sindicato para falar sobre danos ambientais e impactos na saúde. Estará presente o assessor jurídico da Fase Daniel Silvestre, que falará sobre como as pessoas podem se defender de danos ambientais e não causá-los; além do professor do Núcleo Saúde Ambiental da Universidade Federal Wanderlei Pignati.

* Esta reportagem tentou sem sucesso falar com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde.





Fonte: Estação Vida

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