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Polícia Brasil
Sábado - 18 de Março de 2006 às 07:17

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A polícia descobriu que um homem de nome Sérgio Cukor morreu duas vezes em cerca de 20 anos, de acordo com o Jornal Nacional. As investigações apontam que o nome de Sérgio teria sido utilizado por uma quadrilha de falsificadores de documentos.

O verdadeiro Sérgio Cukor morreu em 1980, de câncer, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Ele era médico e foi enterrado em Israel. Mas em setembro de 2005, peritos do Instituto de Identificação do Rio concluíram que a identidade de um homem encontrado morto na Baía da Guanabara era a mesma. O homem era sócio de uma empresa de importação e exportação de material hospitalar, com sede em um shopping na Barra da Tijuca e possuía apólices de seguro que passavam de R$ 1,5 milhão.

Com as investigações, a polícia descobriu que os documentos do verdadeiro Sérgio Cukor estavam sendo falsificados por uma esquema de lavagem de dinheiro. Os principais suspeitos da fraude são os irmãos Mendel Birman, advogado; Alberto Birman, médico; e o engenheiro Gilson Birman, todos primos distantes de Sérgio Cukor.

são acusados de criar o falso Sérgio Cukor, com novo rosto e uma nova assinatura. Eles teriam usado como laranja um homem ainda não identificado que virou sócio na empresa de material hospitalar dos Birman em 2004 e passou procurações autorizando a negociação de imóveis. O falso Sérgio Cukor também fez um testamento deixando todos os bens para dois irmãos Birman e os colocou como beneficiários de seus seguros de vida milionários. Por esse motivo, a polícia acredita que a "segunda morte" do médico tenha sido planejada pelos irmãos Birman.

Em depoimento à polícia, Alberto Birman confirmou que reconheceu o corpo do primo, mas disse que desconhece a existência de seguros de vida e de um testamento. A polícia exumou os restos mortais do corpo do falso Sérgio Cukor para descobrir de quem é o corpo supostamente usado pelos irmãos. O resultado dos exames de DNA deve sair em 20 dias.

Os irmãos Gilson e Mendel Birman foram intimados a depor na semana que vem. Caso sejam condenados, eles podem pegar até oito anos de prisão.





Fonte: Terra

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