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Nacional
Sábado - 18 de Março de 2006 às 06:39

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A mãe do caseiro Francenildo Costa, Benta Maria dos Santos Costa, 42 anos, afirmou ontem que o empresário Eurípedes Silva é mesmo pai de seu filho e que pagou dinheiro a ele em dezembro, por meio de depósitos bancários, como forma de evitar que o caso parasse na Justiça. O empresário confirmou os pagamentos, mas negou à imprensa que seja o pai de Francenildo.

Segundo Benta Maria declarou ao jornal O Estado de S.Paulo, ela não acredita que seu filho tenha sido pago para fazer as denúncias contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O caseiro, que acusa o petista de freqüentar uma mansão em Brasília, supostamente alugada para negociar pagamentos de propinas e promover festas com prostitutas, ficou sob suspeita após seus dados bancários serem divulgados pela revista Época.

A mãe de Francenildo afirma que conheceu o empresário quando tinha apenas 15 anos de idade, em Teresina (PI). Segundo ela, acabou engravidando após um rápido relacionamento, mas Eurípedes teria se negado a assumir a paternidade.

Benta Maria diz ainda que seu filho conheceu o pai aos 14 anos e, na época, o empresário se negou mais uma vez a admitir a paternidade.

"Wle disse que esse menino não era dele, na vista dele. Nildo ficou traumatizado. Ele, que era calmo, ficou rebelde e eu levei ele para aí para ver se passava".

De acordo com ela, Francenildo tomou a iniciativa de cobrar o reconhecimento da paternidade quando completou 18 anos. Em dezembro passado, eurípedes teria concordado em pagar o dinheiro, a título de acordo, para supostamente evitar que o caso vazasse para a imprensa e resultasse em uma disputa judicial.

Oposição reage a "devassa" Assim que a reportagem de Época foi divulgada na Internet, parlamentares da oposição sugeriram que o governo interveio para quebrar os sigilos bancários do caseiro, como forma de desqualificar seu depoimento.

"Esse governo consegue liminar para proteger os direitos sexuais do Palocci e seus esquemas de corrupção e invade os direitos individuais de um rapaz", afirmou a senador Heloísa Helena (PSOL-AL).

"É uma ação de perversidade e desespero, contra um trabalhador humilde que está prestando um serviço ao País", declarou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).





Fonte: Terra

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