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Liminares ameaçam prévias do PMDB
Brasília - A guerra judicial que deve cercar as prévias do PMDB para escolher candidato a Presidência teve duas batalhas na sexta-feira. Na primeira, sexta-feira de manhã, os governistas venceram, ganhando uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspendia a votação marcada para domingo. Na segunda, à noite, foi a vez da vitória da ala oposicionista, que conseguiu reverter a decisão. Ontem à noite, portanto, as prévias estavam mantidas, mas há possibilidade de novos recursos judiciais neste Sábado.
Sem votos para derrubar na Executiva Nacional a realização de eleições prévias de domingo para escolher o candidato, os governistas do PMDB partiram para a guerra judicial. Amigo pessoal do senador José Sarney (PMDB-AP), que lidera o movimento contra a candidatura própria ao Planalto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, concedeu liminar a uma reclamação do grupo, suspendendo as prévias.
A liminar não surpreendeu o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que já estava preocupado com essa possibilidade e desde o início da semana tentava reunir argumentos jurídicos em defesa da consulta interna. Como a convenção nacional que decidiu pelo lançamento de um candidato do partido à Presidência ainda está sendo questionada na Justiça, Temer sabia que havia brecha para a reclamação dos governistas. Para seus companheiros, no entanto, o maior problema seria o fato de, num pedido de revisão da liminar, caber ao próprio Vidigal a decisão.
Assim que tomou conhecimento da decisão do STJ, Temer procurou os dois pré-candidatos - o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) e o governador licenciado Germano Rigotto (RS). Os dois interromperam a campanha pelo País e voltaram a Brasília, para ajudar na mobilização pró-prévias.
No meio da tarde, Temer e Garotinho foram juntos ao STJ tentar contornar a situação. Como Vidigal embarcara para o Maranhão para lançar um livro, os dois conversaram com o ministro Hamilton Carvalhido.
Foi justamente ele que, mais tarde, quando se encontrava como ministro de plantão, cassou a liminar contra as prévias. A guerra de liminares não é novidade no PMDB. Afinal, foi exatamente assim na convenção nacional de dezembro de 2004. “Lamento que essa disputa tenha ido para o campo judicial, quando deveria ser só no político”, disse Temer, ao assegurar que a mobilização em torno da consulta interna será mantida em todo o País. Tanto ele quanto Garotinho insistem na tese de que 85% dos 22 mil eleitores vão participar amanhã da consulta interna. Não é o que pensam os governistas.
Mesmo que a consulta se realize, hipótese da qual os aliados do Planalto duvidam, a ala governista ainda terá a alternativa de uma convenção nacional, no dia 8 de abril, para derrubar o candidato que eventualmente sair da consulta partidária. Líderes do grupo avaliam que a batalha jurídica lhes favorece, independentemente do resultado.
O argumento nesse caso é o de que a briga vai ajudar a desmobilizar os peemedebistas para a consulta interna em vários Estados. Eles acreditam que, mesmo que as prévias ocorram, pelo menos dez diretórios estaduais não vão realizá-las. Apostam por fim que, com participação reduzida nas prévias, o eventual candidato sairá enfraquecido e sem legitimidade, tornando-se um alvo fácil na convenção de abril.
Ao longo do dia, Germano Rigotto criticou a atitude da ala governista e disse que suspender as prévias seria “interferência absurda” do Judiciário. (Colaborou: Eduardo Kattah)
Sem votos para derrubar na Executiva Nacional a realização de eleições prévias de domingo para escolher o candidato, os governistas do PMDB partiram para a guerra judicial. Amigo pessoal do senador José Sarney (PMDB-AP), que lidera o movimento contra a candidatura própria ao Planalto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, concedeu liminar a uma reclamação do grupo, suspendendo as prévias.
A liminar não surpreendeu o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que já estava preocupado com essa possibilidade e desde o início da semana tentava reunir argumentos jurídicos em defesa da consulta interna. Como a convenção nacional que decidiu pelo lançamento de um candidato do partido à Presidência ainda está sendo questionada na Justiça, Temer sabia que havia brecha para a reclamação dos governistas. Para seus companheiros, no entanto, o maior problema seria o fato de, num pedido de revisão da liminar, caber ao próprio Vidigal a decisão.
Assim que tomou conhecimento da decisão do STJ, Temer procurou os dois pré-candidatos - o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) e o governador licenciado Germano Rigotto (RS). Os dois interromperam a campanha pelo País e voltaram a Brasília, para ajudar na mobilização pró-prévias.
No meio da tarde, Temer e Garotinho foram juntos ao STJ tentar contornar a situação. Como Vidigal embarcara para o Maranhão para lançar um livro, os dois conversaram com o ministro Hamilton Carvalhido.
Foi justamente ele que, mais tarde, quando se encontrava como ministro de plantão, cassou a liminar contra as prévias. A guerra de liminares não é novidade no PMDB. Afinal, foi exatamente assim na convenção nacional de dezembro de 2004. “Lamento que essa disputa tenha ido para o campo judicial, quando deveria ser só no político”, disse Temer, ao assegurar que a mobilização em torno da consulta interna será mantida em todo o País. Tanto ele quanto Garotinho insistem na tese de que 85% dos 22 mil eleitores vão participar amanhã da consulta interna. Não é o que pensam os governistas.
Mesmo que a consulta se realize, hipótese da qual os aliados do Planalto duvidam, a ala governista ainda terá a alternativa de uma convenção nacional, no dia 8 de abril, para derrubar o candidato que eventualmente sair da consulta partidária. Líderes do grupo avaliam que a batalha jurídica lhes favorece, independentemente do resultado.
O argumento nesse caso é o de que a briga vai ajudar a desmobilizar os peemedebistas para a consulta interna em vários Estados. Eles acreditam que, mesmo que as prévias ocorram, pelo menos dez diretórios estaduais não vão realizá-las. Apostam por fim que, com participação reduzida nas prévias, o eventual candidato sairá enfraquecido e sem legitimidade, tornando-se um alvo fácil na convenção de abril.
Ao longo do dia, Germano Rigotto criticou a atitude da ala governista e disse que suspender as prévias seria “interferência absurda” do Judiciário. (Colaborou: Eduardo Kattah)
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/311776/visualizar/
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