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Internacional
Sexta - 17 de Março de 2006 às 21:33

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As "Damas de Branco", grupo que reúne esposas e familiares dos 75 opositores ao regime cubano condenados a penas de até 28 anos em 2003, se preparam para lembrar o terceiro aniversário do início das penas.

Entre 18 e 20 de março de 2003, opositores ao Governo cubano foram presos antes das condenações em julgamentos sumários, acusados de conspirar com os Estados Unidos, atentar contra a independência do Estado e enfraquecer os princípios da revolução.

As "Damas de Branco", se mobilizam pacificamente pedindo a liberdade dos condenados, e receberam o prêmio Sakharov de direitos humanos em 2005, concedido pelo Parlamento Europeu.

Para amanhã foram convocados um jejum de doze horas, uma missa e a caminhada pela Quinta Avenida de Havana, informou a porta voz do grupo Laura Pollán.

Oscar Espinosa, um dos quinze opositores libertados com uma licença por motivos de saúde, se mostrou convencido de que, com a pressão internacional, novas libertações se tornarão possíveis.

Miriam Leyva, esposa de Espinosa e uma das "Damas de Branco", disse que pela primeira vez em Cuba há um movimento de mulheres e familiares de presos enfrentando a repressão de forma unida.

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), que opera na ilegalidade, 60 dos 75 condenados permanecem presos, doze na ilha com licença extrapenal e três fora do país: Manuel Vázquez, nos EUA; Osvaldo Alfonso Valdés, na Suécia, e Raúl Rivero, na Espanha.

Além disso, dois continuam com acusações e aguardando julgamento.

Elizardo Sánchez, líder da CCDHRN, disse que sempre esperam que "o Governo leve em conta que o estado de saúde é incompatível com o internamento penal, mas o Governo mantém uma posição muito rígida e dura, e não está cedendo aos pedidos das famílias e das organizações internacionais".





Fonte: EFE

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