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Internacional
Sexta - 17 de Março de 2006 às 10:21

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Os autores do ataque contra um comboio governamental no qual pelo menos 22 pessoas morreram na quinta-feira à noite no sudeste de Teerã eram homens infiltrados a partir do vizinho Afeganistão, segundo o diretor da Polícia, Ahmadi Muqadam. Os autores, vestidos com falsos uniformes policiais, tinham montado um controle de estradas no qual esperavam suas vítimas.

Após o ataque, que deixou também muitos feridos, fugiram de novo para o Afeganistão, disse Muqadam em declarações à televisão pública.

"Para nós está clara a relação entre este grupo terrorista com os serviços (secretos) estrangeiros e com os ocupantes do Iraque", disse o general Moqadam em alusão aos Estados Unidos e ao Reino Unido.

Além disso, assegurou que Washington e Londres também são os culpados pelos freqüentes incidentes violentos que foram registrados na região sudoeste de Khuzestão, onde vive uma minoria árabe.

A mesma tese foi repetida pelo Conselheiro de Segurança da região, Ali Sadeqi: "O imperialismo está tentando tirar benefícios atiçando as diferenças étnicas e religiosas nesta província com particularidades (étnicas)", disse.

O ataque de ontem ocorreu em Beluchistão, uma área povoada principalmente por sunitas (minoritários no Irã) e que vive em grande parte do contrabando de heroína do vizinho Afeganistão.

Segundo o jornal "Baztab", os 22 mortos pertencem a um comboio oficial do governo da região de Sistan-i-Beluchistão.

O diário acrescenta que o comboio se deslocava entre as cidades de Zahedan e Zabol após uma cerimônia de homenagem aos mártires.

O governador Hassan Ali Nouri se encontra em estado muito grave, com cinco tiros em seu corpo, enquanto um dos máximos responsáveis de segurança de Zahedan morreu.





Fonte: EFE

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