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Economia
Sexta - 17 de Março de 2006 às 06:57

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Investimento não significa, necessariamente, gastos maiores. Aplicar novas estratégias, mudar a visão sobre a produção e desmistificar o uso de tecnologias podem fazer a diferença entre o pecuarista que aprenderá com a crise e aquele que apenas sobreviverá a ela. Quebrar alguns paradigmas e idéias baseadas no senso comum é o desafio do consultor Zeno Albert na palestra “Melhore os lucros da pecuária utilizando técnicas comprovadas de baixo custo”, a ser realizada no Enipec 2006 – Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária. A discussão faz parte das 40 palestras confirmadas para o encontro, que acontece de 7 a 12 de maio em Cuiabá (MT).

Quem imaginaria, por exemplo, que a cerca elétrica é cerca de 80% mais barata que a convencional, está no mercado há 40 anos e, mesmo assim, é usada por menos de 10% dos pecuaristas brasileiros? O que dizer a respeito de programas de controle de verminoses, criados há 20 anos e altamente eficazes, sendo usados atualmente por menos de 50% dos produtores? E a disparidade entre o ganho de peso de animais inseminados e o percentual ínfimo do rebanho de corte do país, menos de 5%, ter sido criado em laboratórios?

De forma clara e prática, o consultor irá abordar 15 medidas aplicáveis dentro da porteira, passando pelo controle de doenças, manejo do pasto, alimentação, desmame até a reprodução. Uma delas é a estratégia para alimentar o gado na seca, fazendo a vedação do pasto e determinando com precisão o momento de se iniciar a suplementação.

Segundo o consultor, grande parte dos pecuaristas inicia este período sem estabelecer critérios técnicos para isto. “Ou ele começa muito cedo ou muito tarde. Nas duas formas, acaba tendo prejuízo”, explica. A alternativa é fazer a análise bromatológica do capim, um exame laboratorial que verifica o valor nutritivo da planta. Este exame é feito em diversos laboratórios e custa cerca de R$ 30.

Em relação ao manejo do gado, Albert aponta os benefícios do investimento no animal jovem, período em que é maior o índice de ganho de peso. A sugestão ganha contornos de alerta, já que grande parte dos produtores começa a investir nos animais já adultos. “Fazer um bezerro de 200 kg ganhar um quilo por dia é muito mais barato que fazer isso em com um animal de 350 kg”, explica.

Apesar de simples e eficientes, estas idéias/medidas geralmente são vistas sob a ótica de quem conta com dois empecilhos: falta de conhecimento e resistência a novas idéias. O exemplo vem de um dos tópicos, “utilização de inseminação artificial ou monta controlada visando aumentar a produtividade”. Dependendo do padrão do reprodutor, os custos de bezerros nascidos de monta e de inseminação são próximos. A diferença na carga genética de um animal para outro aparece nos resultados, como a possibilidade de desmamar um bezerro 30 kg mais pesado.

Já em outros casos, a orientação é adotar técnicas mais convencionais. De acordo com o palestrante, a mamada controlada, por exemplo, é mais eficaz na indução do cio do que o método de sincronização hormonal. E o melhor: envolve menos custos. O bezerro só mama uma vez por dia e isso faz com que o organismo da fêmea produza mais hormônios e inicie o cio mais rápido.





Fonte: Assessoria de imprensa do Enipec

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