Resultados não desmistificam acordão, diz Conselho

Apesar dos resultados desta quarta-feira no Plenário da Câmara, que absolveu Pedro Henry (PP-MT) e cassou o mandato de Pedro Correa (PP-PE), os membros do Conselho de Ética ainda acreditam no "acordão". Desta vez, os votos seguiram a indicação feita pelo Conselho, diferente do que aconteceu na semana passada, quando professor Luizinho (PT-SP) e Roberto Brant (PFL foram absolvidos.

Segundo o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), o fato de a segunda votação, a de Pedro Correa, ter sido com um placar apertado - apenas quatro a mais do que o necessário - demonstra claramente que o acordo ainda existe. "Correa só foi cassado ontem devido a grande pressão da sociedade, mas está claro que houve a tentativa de um acordo entre os membros dos deputados envolvidos no escândalo", disse ele.

O presidente Ricardo Izar (PTB-SP) tem um tom mais ameno em suas críticas, mas também não se mostra totalmente satisfeito com o resultado de ontem. "Acredito que a pressão popular teve grande participação no resultado de ontem", disse.

Segundo Izar, o resultado apertado no caso de Correa foi motivado pelo quórom baixo no plenário da Câmara, o que pode ser um indício de acordo. "É preciso entender que faltar dá voto para o representado", afirmou ele.