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Economia
Quinta - 16 de Março de 2006 às 11:14
Por: Renata Veríssimo

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BRASILIA - A atividade industrial em janeiro deste ano mostrou o mesmo quadro observado no final de 2005: vendas em alta e produção em queda (medida pelas horas trabalhadas). Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as vendas reais tiveram um aumento de 4,42% no primeiro mês do ano, em termos dessazonalizados, em relação a dezembro de 2005. Na comparação com janeiro de 2005, o aumento das vendas foi de 4,92%.

Ainda, segundo o documento, o número de empregos na indústria de transformação se manteve praticamente estável, com um aumento de 0,07% na comparação com dezembro e de 0,93% em relação a janeiro de 2005. As horas trabalhadas na indústria em janeiro tiveram uma queda de 0,87% ante dezembro, mas subiram 1,25% em relação a igual mês de 2005.

Estoques A CNI afirmou que os números sinalizam uma redução de estoques na indústria de transformação. "Nessa sondagem, apurou-se que o processo de ajuste dos estoques não se completou no final de 2005. A redução dos estoques não foi forte o suficiente para ajustá-los ao nível planejado", destacou o documento "Indicadores Industriais".

Recuperação A Confederação informou ainda que a expansão das venda sem janeiro sugere perspectivas de uma recuperação da atividade industrial. Em 2005, o cenário de produção era desfavorável, segundo o documento, em função dos juros altos, estoques elevados e a queda na rentabilidade das empresas exportadoras em função da valorização do real.

A CNI destacou, no entanto, que no final do ano passado o cenário para as vendas começou a se alterar com o fortalecimento do consumo das famílias e a redução dos juros a partir de setembro.

Capacidade instalada Ainda, de acordo com a CNI, a utilização da capacidade instalada da indústria de transformação foi a menor desde novembro de 2003, chegando a 80,4%, em termos dessazonalizados, no primeiro mês do ano.

Em dezembro de 2005, o uso da capacidade instalada foi de 80,6% e, em janeiro de 2006, de 82,7%, também em termos dessazonalizados.

Semestre Segundo o documento, o uso da capacidade instalada no primeiro semestre de 2005 manteve-se acima de 82% na maior parte dos meses, mas o índice seguiu a mesma trajetória de arrefecimento do número de horas trabalhadas na produção.

A CNI ainda destacou que, além do desaquecimento da atividade industrial, a maturação dos investimentos foi outro fator a contribuir para a redução do uso da capacidade instalada.





Fonte: Agência Estado

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