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Economia
Quinta - 16 de Março de 2006 às 08:56
Por: Juliana Scardua

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A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça termina hoje a primeira rodada de depoimentos de representantes de frigoríficos acusados de formação de cartel, denunciada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em março do ano passado. Durante esta semana serão ouvidos ao todo 11 empresários e diretores. Na semana passada foram ouvidos executivos do Friboi, indústria apontada nas denúncias como a maior articuladora no tabelamento ilegal de preços da carne no país. Entre os acusados, Friboi, Marfrig, Bertin e Frigoalta, atuam em Mato Grosso.

A SDE comunica que o conteúdo dos depoimentos não serão divulgados. Serão interrogados hoje, em Brasília, Fausto da Silva, do frigorífico Minerva, e Edson Pala e Evaristo Baziqueto Júnior, do Bom Charque. Ontem foram ouvidos Sílvio Busnardo e Nuacir Franco, ambos do Bertin. Na segunda-feira (13) prestaram depoimento Francisco Junqueira, do Bertin, e Elder Hofig e Luiz Diniz Junqueira, do Marfrig. Já na terça-feira (14) prestaram esclarecimentos 3 executivos do Mataboi - Ricardo Soares, Elzio Sobrinho e Juan Casanada.

Também está sendo apurada a participação das indústrias Independência, Boifran e Brasboi. A secretaria não revela se novos depoimentos estão marcados e nem os próximos passos do cronograma das investigações. Mas o órgão destaca que está mantida a previsão de que a decisão final sobre o caso saia até o fim do semestre.

Já na Câmara Federal, ainda não há previsão se será criada a CPI da Carne para apurar denúncias de formação de cartel fomentadas pelo Frigoara contra o grupo Friboi. O presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Casa, deputado Ronaldo Caiado (PFL), protocolou o pedido no fim de janeiro, mas o pleito está na fila de trabalhos da Mesa Diretora da Câmara para apreciação.

Em fitas de vídeo entregues pelo Frigoara no mês de outubro, o presidente do Friboi, José Batista Júnior, afirma que a indústria controla o preço da carne em 6 grandes Estados produtores do país (Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia) em parceira com 2 ou 3 frigoríficos.





Fonte: A Gazeta

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