Garoto faz refém e exige dinheiro

Um adolescente de 13 anos armado com uma garrucha foi preso após render outros dois menores – um de 13 e outro de 16 - e exigir dinheiro e pertences. Como eles não tinham nada, o infrator fez o mais novo refém e exigiu que o outro fosse até sua casa buscar dinheiro. O pai do garoto conseguiu contatar guardas municipais, que perseguiram e prenderam o infrator.

A extorsão mediante seqüestro ocorreu anteontem à noite, nas proximidades da praça Áurea Brás no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Com o infrator, a Polícia apreendeu uma garrucha calibre 22 com seis munições.

Conforme os dois garotos rendidos, eles voltavam de bicicleta para casa e, ao passar na praça, cruzaram com o infrator, também de bicicleta. Este então tomou o boné de um deles. Como não gostou da marca, retornou e sacou a garrucha exigindo as camisetas e a carteira com dinheiro.

Como as vítimas não tinham, seqüestrou um deles e obrigou o outro a correr até a casa dele buscar dinheiro. Caso contrário, iria executar o colega a tiros. “Fiquei com medo porque ele disse que iria sapecar (atirar em) meu amigo de bala. Então contei para meu pai”.

O pai do menino entrou na viatura e foi em busca do menor rendido. Ao ver a aproximação da GM, o infrator saiu correndo e tentou se esconder. Policiais militares que passavam próximos ajudaram na prisão do garoto. O infrator tentou se livrar da arma, mas a garrucha acabou apreendida.

Na Delegacia Regional de Várzea Grande, o infrator não falou onde conseguiu a arma, mas confessou ter antecedente. Em outubro de 2004, então com 12 anos, foi preso por participação no arrombamento de uma casa no bairro Cristo Rei.

O delegado Ely Roberto Ferreira, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Várzea Grande, ficou impressionado com a ação do infrator. “Caso fosse adulto, seria preso em flagrante por extorsão mediante seqüestro, considerado um crime hediondo. E a pena é alta”, explicou.

Para o delegado, o garoto demonstra ter uma péssima índole, pois praticou um crime repugnante. No final da tarde, o adolescente foi levado para o Juizado da Infância e Juventude de Várzea Grande e poderá ficar internado por até três anos cumprindo atividades sócio-educativas.