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Quinta - 16 de Março de 2006 às 08:19
Por: Alecy Alves

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O projeto que prevê a transformação da Caixa d’Água Velha, o mais antigo reservatório público de Cuiabá, no “Museu da Água” está mobilizando vizinhos do monumento, construído em 1882 e desativado há mais de meio século.

Encravado no cruzamento das ruas Comandante Costa e Nossa Senhora de Santana, perto da Câmara Municipal (antiga Assembléia Legislativa), o local hoje passa desapercebido para a maioria dos que transitam - ou mesmo moram - por ali.

Visualmente é mais um terreno baldio com árvores centenárias. Entretanto esconde uma extensa galeria subterrânea no estilo romano que oferece dois acessos e condições para visitação – o que lhe confere um grande potencial turístico.

Desenvolvido a pedido do prefeito Wilson Santos pela equipe da empresa de consultoria do ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, o projeto propõe a restauração da galeria e a construção de uma arcada na parte externa.

A idéia é que dali correria um filete de água, que em seguida se transforma em uma mini-cachoeira, com vista principal pela rua Desembargador Ferreira Mendes.

Na parte interna das galerias, explicou a presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano (IPDU), arquiteta Adriana Bussiki dos Santos, devem ser dispostas em vários pontos peças artesanais, banners, folders e outros objetos referentes à história e costumes da população cuiabana.

O bancário aposentado Joacil Alves Corrêa, de 61 anos, nasceu em uma casa a poucas quadras e há mais de 50 anos mora em uma vila vizinha da antiga Caixa d’Água. Acostumada a tomar banho do local quando era menino, Corrêa recebeu com muito entusiasmo a proposta da prefeitura.

Em sua família todos comemoraram a idéia e agora pretendem acompanhar de perto as discussões e a execução do projeto. “O local está abandonado. Todos os anos vem alguém e põe fogo na vegetação”, reclamou Alves Corrêa.

Corrêa recorda da época, logo após a desativação do reservatório, que a área era ocupada pela estação de retransmissão de uma emissora de rádio.

Já a servidora pública estadual Cléria Yule Pardi, de 42 anos, que mora há mais de duas décadas na rua Desembargador Ferreira Mendes, a menos de 100 metros do monumento, desconhece, como grande parte da população, a existência de galeria subterrâneas sob as ruínas da antiga caixa d’água. “Que interessante!”, exclamou Cléria, aprovando integralmente a proposta de transformar o local em um ponto turístico.

Nesta sexta-feira, dia 17, o arquiteto Jaime Lerner ficará à disposição da população no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), das 9 às 11 horas, para explanar esse e os demais projetos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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