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Maioria de franceses apóia protestos dos estudantes
A maioria dos franceses apóia o protesto estudantil contra o novo contrato que facilita a demissão dos menores de 26 anos, segundo uma pesquisa divulgada hoje, na véspera da segunda jornada de ação programada pelos estudantes.
Do total de entrevistados, 61% acham que os estudantes "têm razão" de se oporem ao Contrato de Primeiro Emprego (CPE) promovido pessoalmente pelo primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, já que "é um dispositivo precário".
Segundo a enquete encomendada pelo jornal "Ouest France", pela TV France 3 Ouest e pela revista "Le Télégramme", 24% dos entrevistados dizem que os estudantes "estão equivocados", e 14,5% não responderam.
Foram bloqueadas 63 universidades de um total de 84, segundo o principal sindicato estudantil, a UNEF. Pelas contas do ministério da Educação, são 50. A mobilização anti-CPE se estende um pouco mais a cada dia, com o apoio também de muitos estudantes de institutos e o apoio de associações de pais de alunos.
Amanhã, segunda jornada de ação das três programadas esta semana, haverá assembléias estudantis e manifestações em toda a França, mas a atenção se concentra na passeata em Paris, devido aos distúrbios entre estudantes e agentes policiais registrados nos dois últimos dias perto da universidade de Sorbonne, símbolo do mítico "maio de 68", e que está fechada a sete chaves.
Para tentar evitar novos confrontos, o comando da Polícia de Paris autorizou para amanhã um itinerário que saia da Praça da Itália e vá até o metrô Sevres-Babylone, num traçado que se afasta relativamente da Sorbonne.
Para que o cortejo transcorra o mais ordenadamente possível, o ministro de Interior, Nicolas Sarkozy, que recebeu esta tarde dirigentes de várias associações estudantis, pediu "contenção, sangue-frio e ética" às forças policiais.
Dezessete jovens foram detidos ontem após os distúrbios no Quartier Latin, no qual ficaram "seriamente feridos" três agentes, segundo a Prefeitura.
Dez partidos e associações políticas de esquerda, entre elas o Partido Socialista (PS), o Partido Comunista Francês (PCF) e os Verdes, avaliando que agora é "mais que nunca possível" conseguir a retirada do CPE, manifestaram hoje por escrito seu apoio às manifestações de amanhã e do próximo sábado, dia em que desfilarão também os principais sindicatos franceses.
Em outro comunicado, o PS advertiu ao Governo conservador que sua "sanha" para "impor à força o CPE é uma dura ameaça" e denunciou as "provocações" nas manifestações de "elementos aparentemente incontrolados".
Enquanto isso, o Governo, com Villepin à frente, se reuniu no fim desta tarde em Matignon (sede do Executivo) para mostrar sua unidade na luta "pelo emprego".
Pela segunda vez em 24 horas, Villepin obteve hoje o apoio do presidente Jacques Chirac, que pediu aos sindicatos para aceitarem a negociação oferecida domingo pelo primeiro-ministro, com "um espírito construtivo e de responsabilidade, de diálogo e respeito".
O apelo de Chirac não teve nenhum eco entre os sindicatos, que exigem que seja retirado o CPE como condição prévia à abertura de qualquer negociação.
Villepin apelará amanhã de novo aos sindicatos, com a apresentação de um anteprojeto de lei sobre a participação dos assalariados em suas empresas. Ele vai participar do encerramento do congresso do principal sindicato agrícola, o FNSEA, em Metz (nordeste), na mesma hora em que começará a manifestação em Paris.
Hoje, 46 presidentes de universidades, reunidos em Rennes (noroeste), pediram a Villepin e aos sindicatos estudantis que retomem o diálogo para sair da crise.
Do total de entrevistados, 61% acham que os estudantes "têm razão" de se oporem ao Contrato de Primeiro Emprego (CPE) promovido pessoalmente pelo primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, já que "é um dispositivo precário".
Segundo a enquete encomendada pelo jornal "Ouest France", pela TV France 3 Ouest e pela revista "Le Télégramme", 24% dos entrevistados dizem que os estudantes "estão equivocados", e 14,5% não responderam.
Foram bloqueadas 63 universidades de um total de 84, segundo o principal sindicato estudantil, a UNEF. Pelas contas do ministério da Educação, são 50. A mobilização anti-CPE se estende um pouco mais a cada dia, com o apoio também de muitos estudantes de institutos e o apoio de associações de pais de alunos.
Amanhã, segunda jornada de ação das três programadas esta semana, haverá assembléias estudantis e manifestações em toda a França, mas a atenção se concentra na passeata em Paris, devido aos distúrbios entre estudantes e agentes policiais registrados nos dois últimos dias perto da universidade de Sorbonne, símbolo do mítico "maio de 68", e que está fechada a sete chaves.
Para tentar evitar novos confrontos, o comando da Polícia de Paris autorizou para amanhã um itinerário que saia da Praça da Itália e vá até o metrô Sevres-Babylone, num traçado que se afasta relativamente da Sorbonne.
Para que o cortejo transcorra o mais ordenadamente possível, o ministro de Interior, Nicolas Sarkozy, que recebeu esta tarde dirigentes de várias associações estudantis, pediu "contenção, sangue-frio e ética" às forças policiais.
Dezessete jovens foram detidos ontem após os distúrbios no Quartier Latin, no qual ficaram "seriamente feridos" três agentes, segundo a Prefeitura.
Dez partidos e associações políticas de esquerda, entre elas o Partido Socialista (PS), o Partido Comunista Francês (PCF) e os Verdes, avaliando que agora é "mais que nunca possível" conseguir a retirada do CPE, manifestaram hoje por escrito seu apoio às manifestações de amanhã e do próximo sábado, dia em que desfilarão também os principais sindicatos franceses.
Em outro comunicado, o PS advertiu ao Governo conservador que sua "sanha" para "impor à força o CPE é uma dura ameaça" e denunciou as "provocações" nas manifestações de "elementos aparentemente incontrolados".
Enquanto isso, o Governo, com Villepin à frente, se reuniu no fim desta tarde em Matignon (sede do Executivo) para mostrar sua unidade na luta "pelo emprego".
Pela segunda vez em 24 horas, Villepin obteve hoje o apoio do presidente Jacques Chirac, que pediu aos sindicatos para aceitarem a negociação oferecida domingo pelo primeiro-ministro, com "um espírito construtivo e de responsabilidade, de diálogo e respeito".
O apelo de Chirac não teve nenhum eco entre os sindicatos, que exigem que seja retirado o CPE como condição prévia à abertura de qualquer negociação.
Villepin apelará amanhã de novo aos sindicatos, com a apresentação de um anteprojeto de lei sobre a participação dos assalariados em suas empresas. Ele vai participar do encerramento do congresso do principal sindicato agrícola, o FNSEA, em Metz (nordeste), na mesma hora em que começará a manifestação em Paris.
Hoje, 46 presidentes de universidades, reunidos em Rennes (noroeste), pediram a Villepin e aos sindicatos estudantis que retomem o diálogo para sair da crise.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/312472/visualizar/
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