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Internacional
Quarta - 15 de Março de 2006 às 18:55

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WASHINGTON - A companhia DP World, de Dubai, anunciou nesta quarta-feira que venderá o controle das operações de seis portos nos EUA em um prazo de quatro a seis meses, medida com a qual tenta encerrar uma controvérsia que fez com que congressistas republicanos criticassem o presidente George W. Bush.

A empresa informou que já iniciou "um processo acelerado de venda. Com a cooperação das autoridades portuárias e de nossos sócios esperamos que o acordo de venda possa ser alcançado em quatro ou seis meses".

Até a operação ser completada os negócios da companhia, nos EUA, serão administrados de forma independente.

A DP World é responsável pela administração dos portos de Baltimore, Nova Jersey, Nova York, Nova Orleans, Filadélfia e Miami, desde que adquiriu em fevereiro a empresa britânica P&O por U$ 6,8 bilhões.

No entanto, os deputados democratas e grande parte dos republicanos protestaram após a compra, porque consideraram um risco uma empresa pública dos Emirados Árabes Unidos ter o controle de portos americanos.

Bush apoiou a DP World, mas perdeu a queda-de-braço. A companhia anunciou na última semana que venderá suas operações nos EUA, que segundo cálculos valem cerca de U$ 700 milhões.

No entanto, até agora não foram divulgados muitos detalhes sobre a operação de venda.

No comunicado, a DP World informa que transferirá seus negócios para uma empresa americana e que dará os detalhes financeiros de suas operações para as "partes interessadas".

A companhia explicou que avaliará as ofertas considerando o "valor, a capacidade de cumprir o acordo e a manutenção da administração, os empregados e os clientes".

A polêmica sobre a compra não foi bem vista nos Emirados Árabes.

Na segunda-feira, a direção do Banco Central do país árabe disse que o comércio mútuo poderia sentir esse golpe, e imediatamente após o anúncio do fracasso do pacto foi divulgado um adiamento das conversas para um tratado de livre-comércio entre as duas nações.

Para tratar das questões anteriores a ministra da Economia e Planejamento, Lubna Al-Qassimi, informou nesta quarta-feira a agência oficial do país árabe, a WAM.





Fonte: EFE

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