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Cidades/Geral
Quarta - 16 de Janeiro de 2013 às 06:56
Por: HELSON FRANÇA

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Os gastos com a instalação de ar-condicionado e com a presença de cobradores em cada um dos 400 ônibus que circulam em Cuiabá, caso fossem levados em consideração na planilha de custos analisada pelo Conselho Municipal de Transporte (CMT), elevaria o preço da tarifa de R$ 2,70 para R$ 3,26, informou o Secretário Municipal de Trânsito e Transporte, Antenor Figueiredo.

Por conta disso, segundo o Secretário, os dois itens não constam na planilha de custos que embasam o reajuste da passagem de ônibus. Antenor afirmou que, inicialmente, os cálculos para definir a nova tarifa, apontavam para um valor de R$ 3,05. “Mas se chegou ao consenso de que o valor era muito alto e fixou-se em R$ 2,95”.

Ele contou que somente 15% dos coletivos de Cuiabá são equipados com ar-condicionado. “O uso do ar-condicionado aumenta os gastos com combustível”. Antenor, porém, ressaltou que é desejo do prefeito Mauro Mendes instalar ar-condicionado em 80% dos ônibus da Capital, sem precisar fazer grandes reajustes no valor da passagem, até o fim do mandato.

O secretário argumentou que as condições ruins da malha viária da Capital, somadas à grande quantidade de pessoas que utilizam o transporte coletivo de forma gratuita contribui para o encarecimento do preço da tarifa.

“Temos que gastar mais com a manutenção dos pneus. A prefeitura ainda arca com o custo do transporte de mais de um milhão de pessoas, que utilizam os coletivos de forma gratuita”.

Dessa quantia, 833 mil são estudantes que utilizam o passe-livre e 232 mil pertencem ao grupo dos idosos, portadores de necessidades especiais e de algumas doenças. Conforme o secretário, só com o passe-livre, a prefeitura gasta R$ 13 milhões ao ano.

Antenor enfatizou também que o CMT não leva em consideração o percentual inflacionário para calcular o preço da tarifa. Em algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, os reajustes foram vetados, a pedido do governo federal, para conter a inflação.

Na capital mato-grossense, em 10 anos (2002 a 2012) o aumento da passagem ficou 42% acima da inflação. Nesse período, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços e Mercado (IGPM) foi de 105%, enquanto que o percentual de aumento do preço da tarifa foi de 145% (saltando de R$ 1,20 para R$ 2,95).

O aumento da tarifa foi sancionado pelo então prefeito Chico Galindo (PTB) na noite do dia 27 de dezembro, horas antes de começar a valer.




Fonte: DO DC

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