Repórter News - reporternews.com.br
Rice pede que Indonésia aumente liderança na Ásia
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, estimulou hoje a Indonésia a aumentar sua liderança no Sudeste Asiático, em seu segundo e último dia de visita oficial ao país.
"Queremos que a Indonésia - como o maior país da região, membro
fundador da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) e democracia emergente - desempenhe um papel ativo de liderança no Sudeste Asiático e nas transformações da Ásia Oriental", disse Rice ao Conselho de Assuntos Mundiais indonésio.
"O desafio de vocês agora é expandir a paz, as oportunidades e a liberdade que podem ser vistas em grande parte da região a todo o sudeste asiático", acrescentou Rice, após elogiar os esforços do presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, para conseguir que a junta militar birmanesa faça uma maior abertura democrática.
As declarações de apoio da secretária de Estado americana para as autoridades indonésias demonstram o bom momento que atravessam as relações bilaterais entre os dois países.
No fim de 2005, os EUA suspenderam o embargo militar que tinham imposto à Indonésia em 1999 por causa da apatia do Exército indonésio para acabar com a violência das milícias pró-indonésias no Timor Leste, quando a ex-colônia portuguesa anexada à força pelo regime de Suharto votava em um plebiscito pela sua independência.
Segundo a ONU, mais de mil pessoas morreram e milhares se transformaram em refugiados nos dias posteriores ao plebiscito, que colocou fim a 24 anos de ocupação indonésia.
Apesar da criação de um tribunal especial para julgar os culpados, apenas uma pessoa foi condenada na Indonésia até agora pelos incidentes violentos cometidos na ex-colônia.
Por este motivo, o restabelecimento pleno das relações militares entre os EUA e a Indonésia foi muito criticado pelas organizações de direitos humanos.
Rice declarou, em resposta a estas críticas, que é necessário que o Exército indonésio continue sua remodelação e que esta seja total.
"Buscamos um progresso contínuo rumo a uma maior responsabilidade e uma reforma completa na esfera militar. Um Exército indonésio reformado e efetivo interessa a todos, porque as ameaças à segurança não desapareceram", manifestou Rice.
As autoridades indonésias mostraram um grande interesse em conseguir treinamento militar e armas dos EUA, embora muitos legisladores locais peçam que se diversifiquem as fontes para reduzir o impacto em caso de outro embargo futuro.
A Indonésia é um dos maiores aliados dos EUA na luta contra o terrorismo internacional.
"A Indonésia está levando os terroristas à Justiça", ressaltou Rice, antes de lembrar que muitas das vítimas dos atentados terroristas cometidos em território indonésio são cidadãos do país membros da comunidade muçulmana.
Os últimos atentados terroristas na Indonésia foram cometidos em 1º de outubro do ano passado na turística ilha de Bali e mataram 23 pessoas, incluindo os três terroristas suicidas.
A Polícia atribui este ataque e os anteriores à rede Jemaa Islamiya, considerada o braço da Al Qaeda no sudeste asiático.
Entre os terroristas mais procurados na Indonésia está o malaio Noordin Mohammed Top, que estaria envolvido em todos os atentados ocorridos no país.
Outro suposto dirigente da Jemaa Islamiya, o indonésio Riduan Isamuddin, conhecido como Hambali, está sob custódia americana em paradeiro desconhecido desde sua captura, em 2003.
Rice evitou dizer se os EUA entregarão Hambali às autoridades indonésias, como estas pedem.
"Estamos colaborando, compartilhando informações, e continuaremos com esta cooperação", respondeu a secretária de Estado, sem entrar em detalhes quando os jornalistas perguntaram sobre este assunto.
Além da colaboração em defesa, Rice anunciou durante esta visita um aumento da cooperação econômica e da ajuda para a educação e o desenvolvimento.
Esta é a primeira visita de Rice à Indonésia, de onde sairá esta noite rumo à Austrália, sua última etapa.
"Queremos que a Indonésia - como o maior país da região, membro
fundador da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) e democracia emergente - desempenhe um papel ativo de liderança no Sudeste Asiático e nas transformações da Ásia Oriental", disse Rice ao Conselho de Assuntos Mundiais indonésio.
"O desafio de vocês agora é expandir a paz, as oportunidades e a liberdade que podem ser vistas em grande parte da região a todo o sudeste asiático", acrescentou Rice, após elogiar os esforços do presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, para conseguir que a junta militar birmanesa faça uma maior abertura democrática.
As declarações de apoio da secretária de Estado americana para as autoridades indonésias demonstram o bom momento que atravessam as relações bilaterais entre os dois países.
No fim de 2005, os EUA suspenderam o embargo militar que tinham imposto à Indonésia em 1999 por causa da apatia do Exército indonésio para acabar com a violência das milícias pró-indonésias no Timor Leste, quando a ex-colônia portuguesa anexada à força pelo regime de Suharto votava em um plebiscito pela sua independência.
Segundo a ONU, mais de mil pessoas morreram e milhares se transformaram em refugiados nos dias posteriores ao plebiscito, que colocou fim a 24 anos de ocupação indonésia.
Apesar da criação de um tribunal especial para julgar os culpados, apenas uma pessoa foi condenada na Indonésia até agora pelos incidentes violentos cometidos na ex-colônia.
Por este motivo, o restabelecimento pleno das relações militares entre os EUA e a Indonésia foi muito criticado pelas organizações de direitos humanos.
Rice declarou, em resposta a estas críticas, que é necessário que o Exército indonésio continue sua remodelação e que esta seja total.
"Buscamos um progresso contínuo rumo a uma maior responsabilidade e uma reforma completa na esfera militar. Um Exército indonésio reformado e efetivo interessa a todos, porque as ameaças à segurança não desapareceram", manifestou Rice.
As autoridades indonésias mostraram um grande interesse em conseguir treinamento militar e armas dos EUA, embora muitos legisladores locais peçam que se diversifiquem as fontes para reduzir o impacto em caso de outro embargo futuro.
A Indonésia é um dos maiores aliados dos EUA na luta contra o terrorismo internacional.
"A Indonésia está levando os terroristas à Justiça", ressaltou Rice, antes de lembrar que muitas das vítimas dos atentados terroristas cometidos em território indonésio são cidadãos do país membros da comunidade muçulmana.
Os últimos atentados terroristas na Indonésia foram cometidos em 1º de outubro do ano passado na turística ilha de Bali e mataram 23 pessoas, incluindo os três terroristas suicidas.
A Polícia atribui este ataque e os anteriores à rede Jemaa Islamiya, considerada o braço da Al Qaeda no sudeste asiático.
Entre os terroristas mais procurados na Indonésia está o malaio Noordin Mohammed Top, que estaria envolvido em todos os atentados ocorridos no país.
Outro suposto dirigente da Jemaa Islamiya, o indonésio Riduan Isamuddin, conhecido como Hambali, está sob custódia americana em paradeiro desconhecido desde sua captura, em 2003.
Rice evitou dizer se os EUA entregarão Hambali às autoridades indonésias, como estas pedem.
"Estamos colaborando, compartilhando informações, e continuaremos com esta cooperação", respondeu a secretária de Estado, sem entrar em detalhes quando os jornalistas perguntaram sobre este assunto.
Além da colaboração em defesa, Rice anunciou durante esta visita um aumento da cooperação econômica e da ajuda para a educação e o desenvolvimento.
Esta é a primeira visita de Rice à Indonésia, de onde sairá esta noite rumo à Austrália, sua última etapa.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/312635/visualizar/
Comentários