Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Terça - 15 de Janeiro de 2013 às 22:42

    Imprimir


Equipe de cientistas da Chalmers University of Technology, na Suécia, desenvolveu um novo implante que substitui o ouvido médio e devolve a audição a pacientes surdos.

Com o novo implante auditivo, o paciente passa por uma operação para inserir um implante com menos de seis centímetros de comprimento atrás da orelha, sob a pele e ligado ao osso do crânio em si. A nova técnica usa o osso do crânio para transmitir vibrações sonoras ao ouvido interno, chamado condução óssea.

"Você ouve 50% da sua própria voz através da condução óssea, assim você percebe esse som como muito natural", explica o professor Bo Håkansson.

Ao contrário do tipo de dispositivo de condução óssea utilizado hoje em dia, o novo implante não precisa estar ancorado no osso do crânio pode meio de um parafuso de titânio através da pele. O paciente não tem necessidade de medo de perder o parafuso e não existe o risco de infecções da pele que surgem em torno da fixação.

A primeira operação foi realizada em um paciente em dezembro de 2012.

"Uma vez que o implante estava no local, testamos sua função e tudo parece estar funcionando como esperado. Agora, a ferida precisa cicatrizar por seis semanas antes que possamos transformar o processador de som em audição", afirma o pesquisador Måns Eeg-Olofsson.

A técnica foi desenvolvida para tratar a perda de audição mecânica em indivíduos que foram afetados pela inflamação crônica do ouvido externo ou médio, ou doença óssea, ou que têm malformações congênitas do ouvido externo, canal auditivo ou no ouvido médio. Essas pessoas muitas vezes têm grandes problemas com a audição. Aparelhos auditivos normais, que compensam os problemas neurológicos no ouvido interno, raramente funcionam para esses pacientes. Por outro lado, dispositivos ligados ao osso muitas vezes proporcionam uma melhora dramática.

Além disso, o novo dispositivo também pode ajudar as pessoas com deficiência no ouvido interno.

Testes indicam que o volume pode ser de cerca de 5 dB mais alto e a qualidade do som melhor com BCI do que com as técnicas anteriores.

Agora, a equipe espera o momento de ativar o implante do primeiro paciente, e adaptá-lo para a audição. Em seguida, testes de audição e verificações serão realizados a cerca de cada três meses, até um ano após a operação.

Os pesquisadores antecipam a possibilidade de apresentar os primeiros resultados clínicos no início de 2013.





Fonte: Do R7

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/31270/visualizar/