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BF não foi notificada
Descarrilar não descarrilou, mas a Ferronorte trafega por trilhos conturbados depois que o Diário Oficial da Justiça de São Paulo publicou anteontem a decretação da falência da Brasil Ferrovias (BF) -- a holding que a controla. A reação da empresa foi imediata: entrou com agravo de instrumento no Tribunal de Justiça com pedido de liminar para a reversão da sentença.
O juiz da 2ª Vara de Falências da capital paulista, Caio Marcelo Mendes de Oliveira, acatou o pedido de falência impetrado pela Skalla Participações e Negócios Ltda, que se intitula credora da BF por recompra de R$ 5,6 milhões em ações. O presidente da holding, Elias Nigri, por telefone, negou a existência da dívida e justificou que em razão disso não depositou em juízo o valor reclamado quando entrou com o agravo.
Nigri explicou que a BF trava uma batalha jurídica contra Skalla e que em janeiro a Justiça da Comarca de Taboão da Serra (SP) concedeu tutela antecipada à BF numa ação com idêntica reclamação por parte da mesma empresa. “Fomos pegos de surpresa com a sentença do juiz de São Paulo”, lamenta Nigri. A Skalla insiste na liquidação do crédito.
A Ferronorte ainda passava mercúrio nas cicatrizes deixadas pela crise em que esteve mergulhada por bom tempo quando o juiz decretou sua falência e que suas atividades fossem suspensas. “Nós não fomos notificados, e acreditamos que o Tribunal reverterá a situação”, aposta Nigri. O presidente explica que em 2005 sua empresa recebeu uma injeção financeira de R$ 1,1 bilhão, que a deixou saneada, sem passivo tributário e trabalhista. “Demos um salto de 30% no volume de cargas transportadas do Centro-Oeste para Santos no período de 2004 para 2005”, revela.
O salto revelado por Nigri seria uma das armas de sedução da BF para despertar o interesse da MRS Logística, ALL, Bunge e Copersucar, que estão de olho nas ações da Ferronorte, que lhes serão apresentadas e oferecidas, no próximo dia 22, pelos três grandes acionistas da ferrovia que liga Alto Araguaia a Rubinéia em São Paulo: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ) e da Caixa Econômica Federal (Funcef), que juntos controlam 95% das ações.
BNDES, Previ e Funcef buscam parceiros fortes para compartilhar a gestão da Ferronorte, mas com o duro golpe sofrido pela empresa no tribunal paulistano é bem provável que as ações despenquem, por mais que Nigri tente mostrar que sobre os trilhos que ligam Alto Araguaia e Alto Taquari (MT) a Santos (SP) os comboios transportaram nesta safra cerca de 8 milhões de toneladas (t) de soja, farelo de soja e algodão, e que os vagões-tanques transportam mensalmente da Refinaria Planalto, em Paulínia (SP), para a base da Petrobras/Ipiranga, em Alto Taquari, 1,1 milhão de litros de gasolina e óleo diesel.
Enquanto o departamento jurídico da BF trava uma queda-de-braço nos tribunais, operários da Ferronorte trabalham em três turnos na construção de uma célula com capacidade para 10 mil/t de grãos no embarque de Alto Araguaia, que no momento tem capacidade para 25 mil/t. “Estamos firmes nos trilhos”, acredita Nigri.
O juiz da 2ª Vara de Falências da capital paulista, Caio Marcelo Mendes de Oliveira, acatou o pedido de falência impetrado pela Skalla Participações e Negócios Ltda, que se intitula credora da BF por recompra de R$ 5,6 milhões em ações. O presidente da holding, Elias Nigri, por telefone, negou a existência da dívida e justificou que em razão disso não depositou em juízo o valor reclamado quando entrou com o agravo.
Nigri explicou que a BF trava uma batalha jurídica contra Skalla e que em janeiro a Justiça da Comarca de Taboão da Serra (SP) concedeu tutela antecipada à BF numa ação com idêntica reclamação por parte da mesma empresa. “Fomos pegos de surpresa com a sentença do juiz de São Paulo”, lamenta Nigri. A Skalla insiste na liquidação do crédito.
A Ferronorte ainda passava mercúrio nas cicatrizes deixadas pela crise em que esteve mergulhada por bom tempo quando o juiz decretou sua falência e que suas atividades fossem suspensas. “Nós não fomos notificados, e acreditamos que o Tribunal reverterá a situação”, aposta Nigri. O presidente explica que em 2005 sua empresa recebeu uma injeção financeira de R$ 1,1 bilhão, que a deixou saneada, sem passivo tributário e trabalhista. “Demos um salto de 30% no volume de cargas transportadas do Centro-Oeste para Santos no período de 2004 para 2005”, revela.
O salto revelado por Nigri seria uma das armas de sedução da BF para despertar o interesse da MRS Logística, ALL, Bunge e Copersucar, que estão de olho nas ações da Ferronorte, que lhes serão apresentadas e oferecidas, no próximo dia 22, pelos três grandes acionistas da ferrovia que liga Alto Araguaia a Rubinéia em São Paulo: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ) e da Caixa Econômica Federal (Funcef), que juntos controlam 95% das ações.
BNDES, Previ e Funcef buscam parceiros fortes para compartilhar a gestão da Ferronorte, mas com o duro golpe sofrido pela empresa no tribunal paulistano é bem provável que as ações despenquem, por mais que Nigri tente mostrar que sobre os trilhos que ligam Alto Araguaia e Alto Taquari (MT) a Santos (SP) os comboios transportaram nesta safra cerca de 8 milhões de toneladas (t) de soja, farelo de soja e algodão, e que os vagões-tanques transportam mensalmente da Refinaria Planalto, em Paulínia (SP), para a base da Petrobras/Ipiranga, em Alto Taquari, 1,1 milhão de litros de gasolina e óleo diesel.
Enquanto o departamento jurídico da BF trava uma queda-de-braço nos tribunais, operários da Ferronorte trabalham em três turnos na construção de uma célula com capacidade para 10 mil/t de grãos no embarque de Alto Araguaia, que no momento tem capacidade para 25 mil/t. “Estamos firmes nos trilhos”, acredita Nigri.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/312705/visualizar/
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