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Soníferos provocam reações estranhas em pacientes nos EUA
O comportamento anormal por parte de insones que consomem soníferos— coisas como comer desenfreadamente e fazer sexo durante o sono— está provocando questionamentos sobre a segurança de medicamentos como o Ambien, do laboratório Sanofi-Aventis.
Pesquisadores de Minnesota estão estudando casos nos quais os consumidores de Ambien levantam no meio da noite, assaltam a geladeira e no dia seguinte não se lembram de nada. Os dados devem ser publicados em breve.
Esses efeitos adversos dos soníferos são conhecidos há anos, mas a incidência está crescendo devido a uma explosão do consumo, segundo especialistas.
Cerca de 30 milhões de norte-americanos consomem soníferos, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono. Algumas estatísticas apontam um crescimento de 50 por cento desde o começo da década.
Entre os efeitos adversos mais graves estão a amnésia de curto prazo e acidentes com pacientes que, após uma noite de sono sob medicamentos, dirigem de forma desatenta.
"Pacientes que adotam este comportamento incomum à noite— isso é relativamente raro e bizarro", disse Donna Arand, presidente da Associação Americana da Insônia.
"A sonolência diurna— aquela sensação de estar drogado que as pessoas podem ter— é provavelmente o mais preocupante, por causa dos acidentes que podem ocorrer."
O Ambien lidera o mercado de soníferos nos EUA, que movimenta cerca de 2 bilhões de dólares.
O aumento no consumo se deve em parte à publicidade, mas também porque muitos pacientes podem estar usando os medicamentos por períodos mais longos que o recomendado, segundo especialistas.
A entidade de direitos do consumidor Public Citizen alertou que o Ambien só deveria ser usado de forma limitada, por causa da amnésia temporária que induz, segundo o farmacêutico Larry Sasich.
O sistema de relatos da Administração de Alimentos e Drogas é voluntário e esporádico, razão pela qual "não sabemos quão grande o problema é e não temos forma de avaliar com precisão a prevalência", disse Sasich, consultor da Public Citizen.
A Sanofi-Aventis disse que o sonambulismo é um efeito colateral raro, que consta no rótulo do Ambien, e que todos os casos são relatados às autoridades. Ainda assim, não há estatísticas sobre a prevalência do problema.
Ken Sassower, neurologista do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, disse que um colega que tomou soníferos não se lembrava na manhã seguinte de ter dado orientação a residentes.
"A questão da memória pode ser um efeito colateral infrequente, mas quando acontece pode ser bastante significativo, e certamente precisa ser examinado de forma mais rigorosa", afirmou.
Os médicos aconselham não retirar o medicamento abruptamente, pois isso pode provocar síndrome de abstinência.
"O risco sempre esteve aí, estamos vendo-o mais agora porque mais gente está usando as drogas", disse Merrill Mitler, diretor da unidade de Distúrbios do Sono do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Pesquisadores de Minnesota estão estudando casos nos quais os consumidores de Ambien levantam no meio da noite, assaltam a geladeira e no dia seguinte não se lembram de nada. Os dados devem ser publicados em breve.
Esses efeitos adversos dos soníferos são conhecidos há anos, mas a incidência está crescendo devido a uma explosão do consumo, segundo especialistas.
Cerca de 30 milhões de norte-americanos consomem soníferos, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono. Algumas estatísticas apontam um crescimento de 50 por cento desde o começo da década.
Entre os efeitos adversos mais graves estão a amnésia de curto prazo e acidentes com pacientes que, após uma noite de sono sob medicamentos, dirigem de forma desatenta.
"Pacientes que adotam este comportamento incomum à noite— isso é relativamente raro e bizarro", disse Donna Arand, presidente da Associação Americana da Insônia.
"A sonolência diurna— aquela sensação de estar drogado que as pessoas podem ter— é provavelmente o mais preocupante, por causa dos acidentes que podem ocorrer."
O Ambien lidera o mercado de soníferos nos EUA, que movimenta cerca de 2 bilhões de dólares.
O aumento no consumo se deve em parte à publicidade, mas também porque muitos pacientes podem estar usando os medicamentos por períodos mais longos que o recomendado, segundo especialistas.
A entidade de direitos do consumidor Public Citizen alertou que o Ambien só deveria ser usado de forma limitada, por causa da amnésia temporária que induz, segundo o farmacêutico Larry Sasich.
O sistema de relatos da Administração de Alimentos e Drogas é voluntário e esporádico, razão pela qual "não sabemos quão grande o problema é e não temos forma de avaliar com precisão a prevalência", disse Sasich, consultor da Public Citizen.
A Sanofi-Aventis disse que o sonambulismo é um efeito colateral raro, que consta no rótulo do Ambien, e que todos os casos são relatados às autoridades. Ainda assim, não há estatísticas sobre a prevalência do problema.
Ken Sassower, neurologista do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, disse que um colega que tomou soníferos não se lembrava na manhã seguinte de ter dado orientação a residentes.
"A questão da memória pode ser um efeito colateral infrequente, mas quando acontece pode ser bastante significativo, e certamente precisa ser examinado de forma mais rigorosa", afirmou.
Os médicos aconselham não retirar o medicamento abruptamente, pois isso pode provocar síndrome de abstinência.
"O risco sempre esteve aí, estamos vendo-o mais agora porque mais gente está usando as drogas", disse Merrill Mitler, diretor da unidade de Distúrbios do Sono do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/312803/visualizar/
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