Roubo de armas contou com ajuda de militar

O chefe do setor de Comunicação Social do Comando Militar do Leste, coronel Fernando Lemos, afirmou hoje que o Exército já tem certeza de que o roubo das armas do Estabelecimento Central de Transporte contou com a ajuda ou participação de um militar da ativa ou de alguém que tenha pertencido à força e prestado serviço na unidade atacada pelos ladrões.

"A única questão agora é saber quem", disse o coronel. O chefe da Comunicação Social do Comando Militar do Leste informou ainda que o Exército tem contado com a colaboração da Secretaria de Segurança Pública do Estado, principalmente com informações sobre as áreas onde as ações estão sendo desenvolvidas.

Segundo o coronel Lemos, novas ações isoladas das tropas poderão ser realizadas ainda hoje em outras comunidades, sempre seguindo a orientação do serviço de inteligência.

Tropas do Exército voltam a agir hoje em operações rápidas e isoladas, dentro da nova estratégia para recuperar as armas roubadas da corporação. Os militares estão na Favela da Rocinha, na zona sul, e na localidade conhecida como Curral das Éguas, no bairro de Magalhães Bastos, na zona norte da cidade.

Segundo Lemos, os soldados vão entregar documento de intimação a pessoas que serão ouvidas como testemunhas no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o roubo de 10 fuzis e uma pistola de unidade militar, ocorrida no dia 28 de fevereiro, no bairro de São Cristóvão. Eles também cumprem mandados de busca e apreensão.

Com armas e veículos blindados, os militares estão posicionados em várias ruas de acesso à Rocinha e em pontos estratégicos da região. Em Curral das Éguas, comunidade próxima ao Parque Regional de Manutenção do Exército e do Campo de Instrução de Gericinó, os soldados ocupam ruas e áreas próximas à Estação Ferroviária de Magalhães Bastos.