Traficantes retomam atividades em morro do Rio

Os traficantes do morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, retomaram as atividades com força total depois da retrirada das tropas do Exército. Os militares ocuparam, até domingo, os principais pontos da favela para tentar recuperar os 10 fuzis e a pistola roubados do batalhão de São Cristóvão, na madrugada do dia 3. O morro da Mangueira é um dos mais armados do Rio, contando com pelo menos 50 fuzis.

Os traficantes da Mangueira estão tentando reverter o prejuízo que tiveram com a asfixia provocada pela ocupação dos soldados do Exército. De acordo com a polícia, em uma semana, a venda de drogas na comunidade rende aos bandidos R$ 1 milhão, principalmente entre os meses de novembro a fevereiro, período chamado pelos investigadores de 'alta temporada' da venda de drogas.

O exército de 150 homens, que fazem a segurança do tráfico na Mangueira obedece as ordens Leandro Monteiro Reis, o Pitbull, que comanda a venda de drogas na fevala e de Francisco paulo Testa Monteira, o Tuchinha, e Alexander Mendes da Silva, o Polegar, líderes da facção Comando Vermelho (CV), presos em Bangu 3. Na tarde de ontem, homens circulavam pelos becos e vielas do morro, armados de fuzis e pistolas.