OMS investiga terceira morte por gripe aviária no Azerbaidjão

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje que a morte de um adolescente de 16 anos no Azerbaidjão pode ter sido causada pelo vírus H5N1 da gripe aviária, a que se atribuem outras duas mortes anteriores no mesmo país.

Esse possível terceiro caso foi registrado no distrito de Salian, onde outras duas mulheres, uma de 17 e outra de 20 anos, também morreram, em 23 de fevereiro e 3 de março, respectivamente.

Embora as autoridades sanitárias nacionais tenham atribuído publicamente essas três mortes à gripe aviária, uma porta-voz da OMS em Genebra indicou que se acredita que apenas o segundo e o terceiro caso foram realmente causados pelo vírus H5N1.

A primeira jovem que morreu estava há mais de um ano sofrendo de problemas respiratórios graves associados a um câncer, por isso se suspeita que sua morte foi causada por uma doença preexistente.

No entanto, a porta-voz Fadela Chaib sustentou que os outros dois casos seriam de gripe aviária, porque apresentam "todas as características" da doença.

Para ter a certeza, a porta-voz disse que hoje serão enviadas ao laboratório de referência da OMS em Londres amostras das três pessoas mortas.

Além disso, Chaib informou que chegou ao Azerbaidjão na sexta-feira passada uma equipe de especialistas da OMS, que será reforçada nas próximas horas por outros dois analistas em laboratório e análise clínica.

Casos de gripe aviária, com presença do vírus H5N1, também foram detectados na Geórgia e na Rússia.

A porta-voz também revelou que no caso de Camarões, onde se encontrou a presença de gripe aviária em aves, "não se informou sobre nenhum caso humano suspeito, nem existem indícios de que a doença tenha chegado a fazendas comerciais".

Camarões se tornou o quarto país africano afetado pelo vírus H5N1 da gripe aviária, depois de Nigéria, Níger e Egito.