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Saúde
Segunda - 13 de Março de 2006 às 14:20
Por: Denize Bacoccina

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Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta segunda-feira afirma que uma pandemia de gripe aviária de grande proporções pode reduzir o fluxo de investimentos estrangeiros para os países emergentes.

"O fluxo de capital para mercados emergentes pode diminuir como resultado da combinação de uma possível ruptura na operação dos sistemas financeiros, perda de confiança em países mais vulneráveis e mudança brusca na disposição de assumir riscos," diz o relatório "A Economia Global e o Impacto Financeiro de uma Pandemia de Gripe Aviária e o Papel do FMI".

De modo geral, o maior impacto econômico de uma grande pandemia de gripe aviária viria de um elevado aumento do absenteísmo no trabalho, o que pode levar a uma queda da produção, ao mesmo tempo que a cautela poderia levar a uma redução do consumo.

O estudo do FMI também prevê uma redução no turismo internacional, porque as pessoas ficaram com receio de viajar para outras regiões e se expor à doença.

A gravidade dos efeitos negativos de uma pandemia, porém, depende justamente da intensidade da doença, o que não pode ser previsto.

De um modo geral, o relatório diz que as economias mais sólidas também vão sofrer o impacto da doença, mas devem se recuperar mais rapidamente. Em economias mais dependentes de capitais externos os efeitos podem ser mais duradouros.

"Num país estável o impacto pode ser forte, mas de curto prazo. Podemos ver, por exemplo, uma forte redução na atividade econômica num trimestre e a recuperação no trimestre seguinte", diz o chefe da Divisão de Assuntos Sistêmicos do Departamento de Sistemas Financeiros e Monetários do FMI, David Hoelscher.

América Latina

O diretor assistente do Departamento de Mercado Internacional de Capitais, Charles Blitzer, diz que a América Latina melhorou muito sua vulnerabilidade externa nos últimos anos, com uma menor dependência dos capitais internacionais.

"Vários países da América Latina, incluindo o Brasil, deram passos para reduzir a vulnerabilidade da economia a movimentos internacionais, reduzindo a dívida em dólar", afirmou. "Eu hesitaria em dizer que a América Latina é mais vulnerável do que outras regiões", disse ele.

Mas Blitzer diz que a experiência com a Sars mostra que o investimento direto estrangeiro diminuiu nos países atingidos, e que projetos não chegaram a ser cancelados, mas foram adiados.





Fonte: BBC Brasil

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