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Terça - 15 de Janeiro de 2013 às 11:26

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No Brasil, em 17 anos, entre 1995 e 2012, foram resgatados 43,5 mil trabalhadores que eram explorados em condições análogas a escravidão.

Eles se encontravam em 3,3 mil propriedades, especialmente rurais, nas quais eram submetidos as mais diversas forma de trabalho degradante.

Nesse período foram desenvolvidas 1.330 ações e 38.570 atuações (flagrantes lavrados) contra as empresas, seus proprietários e aliciadores, a grande maioria a partir de denúncias de trabalhadores, entidades sindicais e organizações governamentais.

Além de retirar os trabalhadores, as ações resultaram no pagamento de R$ 75,2 milhões em indenização, conforme o quadro geral das operações de fiscalização para erradicação do trabalho escravo, divulgado este ano pela Secretaria de Inspeção do Trabalho(SIT), do Ministério do Trabalho.

O valor se refere exclusivamente às dívidas pagas pelos empregadores durante o curso da ação fiscal como saldo de salários, férias, décimo terceiro, entre outros direitos trabalhistas.

Portanto, não inclui os recursos das ações indenizatórias por danos morais coletivos interpostas pelos órgãos oficiais federais, como o Ministério Público do Trabalho.

Em 2005, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que 25 mil trabalhadores laboravam nas condições de escravos, principalmente, em Mato Grosso e Pará. Ou seja, em áreas rurais, sem carteira assinada ou salários e presos por causa das dívidas junto aos patrões.

Esses milhares de cidadãos estariam principalmente em propriedades dentro da floresta amazônica, isolados geograficamente, com ausência total do Estado e de outras instituições públicas que poderiam atuar na defesa e proteção deles. (AA)




Fonte: DO DC

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