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Segunda - 13 de Março de 2006 às 08:29

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A Brasil Ferrovias S.A., controlada por dois fundos de pensão que estão sendo investigados pela CPI dos Correios, a Previ (funcionários do Banco do Brasil) e a Funcef (funcionários da Caixa Econômica Federal), teve a falência decretada pelo juiz da 2ª Vara de Falência de Recuperações do Fórum de São Paulo , Caio Marcelo Mendes de Oliveira. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial e é passível de recurso ao Tribunal de Justiça.

A partir desta semana, quando for compromissado um administrador judicial, a ferrovia "terá as atividades paralisadas com a lacração das portas de seus estabelecimentos e arrecadação de seus bens". Detalhe: a Brasil Ferrovias é uma das mais importantes do País.

O juiz, no entanto, acolheu integralmente as razões do advogado do credor, Scala Participações e Negócios Ltda., Elias Katudjian, que entrou com o pedido de quebra em novembro do ano passado, a partir de uma nota promissória de R$ 5,6 milhões com base em nova promissória não paga e protestada no mês de setembro. A origem do título é uma operação de compra e venda de ações , emitidas pela FerroNorte, um dos ramais ferroviários que integram o sistema Brasil Ferrovias.

A Brasil Ferrovias, até recentemente, tinha como principais acionistas, que agora vão " pagar o mico" do calote a Funcef e Previ . A Funcef e a Previ eram controladoras da Brasil Ferrovias , responsável pela malha ferroviária que liga o Mato Grosso a São Paulo, integrando o Centro-Oeste ao Sudeste, transportando a riqueza do agronegócio até o Porto de Santos, que tem ampliado o volume de carga despachada por meio desse sistema ferroviário.

O advogado requerente da falência , Elias Katudjian, entende que a Brasil Ferrovias agiu com " irresponsabilidade e imprudência". A empresa limitou-se a contestar o pedido de falência , mas não efetuou em juízo o depósito de R$ 5,6 milhões, o que impediria a decretação da sua falência pela Justiça. Com a rejeição da contestação, houve a decretação.

Acrescenta o advogado que, com a quebra, está criado um problema social de grandes proporções. Segundo ele, a Brasil Ferrovias é a primeira grande vítima do chamado esquema valerioduto. A decisão poderá se refletir no cenário político, por apresentar novos elementos ao relatório que o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto, do PFLbaiano, subrelator da investigação dos fundos de pensão na CPI dos Correios, fez sobre a malversação de dinheiro desses fundos.





Fonte: 24HorasNews

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